quarta-feira, novembro 10, 2004

Once upon a time...

AVISO À NAVEGAÇÃO: Para não dizerem que depois sou arrogante e mau, fica aqui um disclaimer. Hoje decidi escrever um post. Não sei porquê, não sei para quê. Apeteceu-me. Estou profundamente desinspirado (se é que alguma vez estive inspirado) e ainda nos finais de uma recuperação de doença, coisa que já não tinha à muitos e largos anos. Vou repetir a proeza do meu último post e limitar-me a deixar os meus dedos divagar no teclado. Não sei do que vou falar nem em que tom. Leiam à vossa discrição, tomando consciência que nem eu nem o blog tomamos responsabilidade pelo que vai ser proferido, bom ou mau. E se vão ler por se sentirem curiosos com este disclaimer, e eventualmente se sentirem ofendidos (não estou a dizer que vai acontecer) lembrem-se apenas da sabedoria popular, e que "a curiosidade matou o gato".

Posto isto, aqui vamos. "Buckle Up!"

Por onde começar? Já sei pelo assunto preferido de todos nós, homens jovens e rebarbados: GAJAS!!
Quer dizer, não vou falar exatamente de gajas (embora pudesse), mas sim de mim. Sim caro leitor (ainda bem que inexistente) hoje vou falar de mim, e não do personagem por mim criado para vos entreter neste blog. Hoje fala a criatura por trás do Oneiros. Hoje fala o humano como vocês e não o ser divino e infinitamente superior à escumalha que todos vocês (por hoje, todos nós) são (somos).
Vejamos. Sem grandes papas na língua, e um bom bocado despreocupado sobre quem vai ou não ler isto (e mantendo o respeito pelo sexo oposto) não tenho "companheira" à algum tempo. À um ano atrás o filme era outro. Tinha alguém. Não alguém, mas alguém. Nomes ou sequer nicks são desnecessários. Isso acabou, mas de qualquer forma nunca foi nada sério. Pensei que poderia torná-lo sério mas estava enganado, e promenores aparte um pequeno número de pessoas saiu magoado dessa situação. Não foi muito simpático da minha parte, mas erros todos cometemos.
De qualquer forma, divago. Sem contar com este episódio, já não possuo companheira à... vejamos.. 1, 2, 3... não! Dois anos e meio, quase três anos. E ao contrário do que podem pensar, não só não tenho tido "amizades coloridas" ou "esquemas" ou coisas do estilo, nem ando muito preocupado com isso.
Neste momento, não só não encontro uma "alma gémea" (para usar clichês fáceis de entender pelo leitor), como não procuro, nem me preocupo muito com isso. Estou bem como estou, e se ocasionalmente a libido sobe, não é nada que não se controle e aguente, até que passa... como uma constipação. Não é preciso meter drogas médicas, nem entrar em reclusão em casa. Apenas deitar uns fluidos cá para fora, limpar a extremidade por onde os fluidos saíram com uns lenços ou guardanapos, e seguir em frente. Figurativamente falando, claro.
Mas eis que surgem uns precalços. As coisas não poderiam ficar estáveis, seguras, e confortáveis para mim, como eu as preparei e arquitectei com tanto cuidado. Não! Factores inesperados tinham de surgir. E olhem que eu quando planeio uma coisa tomo em consideração todo um rol de possibilidades improváveis e alguns inesperados, preparando contigências. E mesmo assim vejo-me agora apanhado com dois problemas.
Problemas é uma palavra muito forte. Duas... complicações.

Em primeiro lugar, alguns dos meus amigos (sim, apesar de tudo eu também tenho amigos, e não, não foi o pessoal do blog, com a excepção do Raw) decidiram tomar para si o cargo de matchmakers e escolheram a minha pessoa para match-a-makar ("par a fazer", para quem não percebeu). E assim começaram uma bela tarde ou duas, a atirar-me nomes para cima, e a apontar-me "prespectivas" que passavam... interessante observar as escolhas que eles fizeram das raparigas que "combinadas" comigo dariam um "par giro" ou "engraçado" ou mesmo "bonito"... eu diria mesmo arrepiante e alguns casos... mas pronto... no meio de 500 tiros, mesmo o mais zarolho há-de conseguir um ou dois (ou mais uns poucos) bullseye's. Algumas das sugestões deles, criaram-me "bichinhos na cabeça" e deparo-me agora com uma situação interessante. Quando em conversa com certas raparigas, por eles apontadas, com quem já conversava antes, tenho agora uma nova consciência da situação, de mim mesmo, e dela. Estou muito mais alerta a insinuações da outra parte, a deslizes da minha, etc. E sempre à procura de uma "via de fuga", já que como referi: ESTOU BEM COMO ESTOU!!!

Queria, portanto, aproveitar este blog e a opurtunidade para agradecer aos meus ditos amigos, pela bela alhada em que me colocaram. Gostaria apenas de lhes referir que como eles sabem, sou uma pessoa muito susceptível a ter insónias, e dispenso mais motivos para não dormir, sobretudo numa fase em que ANDAVA a dormir tão bem. Muito obrigado meus *PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII* amigos...

Mas como um azar nunca vem só, e como eu tinha referido, são duas as complicações em que me vejo. Um antigo "projecto" (como diria um dos tais amigos) meu, projecto redondamente falhado, diga-se de passagem; decidiu que agora era uma boa altura para iniciar a provocar-me de formas... bastante explícitas. Digamos que, está a dizer de uma forma bastante clara (e atenção, que esta interpretação não é minha) "salta-me para cima e anda de chinelos" (ou algo assim... gostei do promenor dos chinelos). Lindo.
Só me saem duques, e NÃO estou a jogar ao Presidente.

E pensa o leitor: "Olha-me este monte de merda com manias! Então tem uma gaja (pressumivelmente jeitosa, já que ele andou atrás dela) a fazer a ele com toda a força, e o panasca dá para trás? É rabiola!!!!"

Pois é. Desengana-se caro leitor. Estou e vou continuar a escapulir-me pelo buraco da fechadura, aos avanços seja de quem for, mas não por ser rabiola, ou panasca ou lá o que quiser pensar. Porque vou fazê-lo então, pergunta o leitor?
Em boa da verdade nem eu lhe consigo explicar. Sentimento da tripa como diriam os americanos (o conhecido gut feeling). Intuição. Sensação que se me meto em atalhos, me meto em trabalhos. Sei lá!! Acredite ou não o leitor, eu não acredito na omnipotência do sexo pelo sexo. Acho que o sexo é muito bom de deve ser praticado com toda a frequência possível, mas apesar de me armar em cavalo, e mandar piropos, e galar gajas e etc, não vou para a cama com ninguém com quem não sinta algo. Não falo de "amor" ou de "atracção física" ou "amizade colorida" (mais uma vez recorrendo aos clichês para facilidade de compreensão) nem nada disso. Falo de uma disposição para arcar com as consequências dos actos. O sexo tal como tudo, trás consequências. querendo ou não, após se ter sexo com uma pessoa, a natureza da relação entre essas duas pessoas está alterada. Acontece o que acontecer, não voltará a ser a mesma, para o bem ou para o mal. Digam o que disserem sobre "siginificar que devem casar" até "não significa nada", seja qual for a vossa opinião, uma coisa é certa. Nunca mais essas duas pessoas se olharão com os mesmos olhos. Partilharam uma intimidade primordial indescritível. E têem de viver o resto da vida com isso, mais uma vez para o bem ou para o mal. A menos que tenham sexo bêbados ou drogados, mas se vais fazer uma coisa que dá prazer, para quê fazê-lo quando não podes ficar com a recordação? Divago.
Desta forma, achando eu (e óbviamente que (por hoje) sendo eu humano, posso estar enganado no que digo) que o sexo é algo com importância, e que trás consequências desejáveis ou indesejáveis (ou ambas na maior parte dos casos), só estou disposto a practicá-lo quando estou disposto a arcar com as responsabilidades das consequências (eu disse algures num post anterior que me considerava com príncipios). Assim sendo 90% das raparigas que conheço não se qualificam para o que se poderia chamar "conjunto que eu mandaria uma real queca" (sem pretender ofender ninguém. Apenas não me ocorreu nenum nome melhor para o conjunto. Vou chamá-lo daqui para a frente conjunto A, e ao conjunto das que NÃO mandaria a tal queca, conjunto B). Ora apesar de, e além de, eu não conheço assim tantas raparigas, ou seja, resumindo e concluindo existem muito, mas mesmo muito mas mesmo muito poucas raparigas actualmente que se enquadram no conjunto A... poderia contá-las com os dedos de uma mão... heck, ainda sobrariam dedos e não era só um...

E sim, o tal "projecto retornado" está muito definitivamente no conjunto B. Bem como as sugestões simpáticas dos meus casamenteiros amigos...

Terminei. Dói-me a perna, tenho os pulmões entupidos, apetece-me um cigarro que não posso fumar, e acho que já expûs demasiado da minha vida aqui para continuar.
Agora que terminei, porque escrevi eu isto? Não faço a mínima... vou postar realmente isto? Muito provável... É tudo verídico ou estou mais uma vez a mangar convosco? Escolham vocês, a opção que acharem melhor, é aquela que podem tomar...

wenya, agora só para ti: como estória, serve? Acho que não era bem o que tinhas em mente, mas considerando as especificações que deste, preenche todos os requesitos... para a próxima, se eu peço requesitos, dêem-mos e pode ser que o resultado saia melhor.

O mail continua o mesmo, tenho de ver se vai parar ali acima ao pé do "Tudo o que você perdeu encontra aqui... ou então não!"

odiaseguinte@yahoo.com

Oneiros "O Que Hoje Não Está Aqui"

7 comentários:

Seph disse...

"Hell, aren't we all on that band wagon?" :)

Oneiros disse...

Bom wenya, parece que afinal smp és a tal fã que negaste ser... ;) kidding não te exaltes de novo.

Bom, antes de mais, escrever um livro? Para quê?
Depois: mmo que o escrevesse, quem o iria publicar? Stupid Press Inc.? Era precisso ser mto burro para aceitar ser meu editor...

Oneiros disse...

*preciso (my mistake)

e esqueci de mencionar: surgiu uma terceira complicação... não! Esta é mesmo um PROBLEMA!! Mas esta escolho não partilhar convosco... seus sanguessugas...

:P

Oneiros disse...

E não vejo nada de comovente no que escrevi...

(eu sei que sou chato e indeciso... agora percebem o número de P.S.'s que usei no post do terror)

Oneiros disse...

A publicidade era desnecessária... da próxima vez que quiseres passar a morada do teu blog no NOSSO blog pede autorização para tal... o mail é odiaseguinte@yahoo.com

Chama-se cortesia... caso contrário, reservo-me o direito de simplesmente censurar os teus comments... coisa que não quero fazer...

Oneiros disse...

... irra e não se cala com o raio do livro... queres tanto porque não o escreves tu?

Não faço tenções de escrever livro nenhum, para já, e muito menos etnografias... acho que pensar que antropologia é só etnografia é um bocado redutor... primeiro porque é um RAMO da antropologia que não me chama muito a atenção a um nível pessoal. Reconheço a sua importância e valor, respeito muito os gajos e gajas que se dedicam a fazê-la, mas fazê-la eu... epá... não! Prefiro muito mais o que se chama antropologia teórica. Gosto de teorizar, de pensar, de extrapolar, etc. Claro que para isso preciso dos dados recolhidos da etnografia... daí a respeitar como sub-disciplina e aos seus practicantes.
:P

Oneiros disse...

Oh sim! Claaaaaaro... AGORA que vais escrever um livro, não queres que eu escreva para não teres concorrência ao editor/consumidor... muito espertinha...

cá por mim tás à vontade... continuo sem intenções de escrever porra de livro nenhum...