sexta-feira, maio 20, 2005

À terceira é de vez...

Já dizia o outro:

"Uma vez é uma singularidade, duas vezes uma coincidência, três vezes é um facto científico." (na verdade ninguém dizia isto, acabei de inventar, e sim também acabei de me citar a mim próprio, obrigado! Sou uma divindade. Eu posso!!)

Ora segundo esta simples e útil (já para não falar de comprovada e testada, perguntem ao Aristóteles) regra, hoje reparei em mais uma verdade inabalável do cosmos.

Vou-vos contar uma história (mais uma vez) para elucidar e ilustrar o meu ponto. E reza assim:

Corria o ano de 1999 quando este invólucro de base carbónica que uso como contenção das minhas energias oníricas no vosso plano mortal (leia-se "corpo") atingiu um momento decisivo na sua/minha vida (e note-se que uso o termo vida apenas para definir este curto mas tão longo espaço de tempo em qeu vou estar limitado à vossa existência mortal devido a uma péssimo aposta com o Destino (ver posts anteriores)). Momento esse que vocês humanos chamam "entrei na faculdade, tenho agora qualquer coisa como 5 a 20 anos para não fazer nenhum". Como boa unidade de base carbónica que era, escolhi para minha ocupação dos tempos entre os tempos livres o belo e excelso curso de Biologia Marinha e Pescas na Universidade do Algarve, Campus de Gambelas. Por motivos que vou dispensar de explicar, 3 anos depois, estava a deixar o Algarve e a preparar-me para reiniciar o ciclo, onde acabei por ganhar admissão em Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Ora nesse maravilhoso ano (creio que se tratava de 2002) tinha entrado no exato mesmo curso uma antiga colega de Biologia Marinha e Pescas (BMP, como os Bitmaps). Pensei, bom duas singularidades a ocorrer ao mesmo tempo... é uma coincidência. E eis que agora em 2005 deparo-me com uma terceira semi-ocorrência: como poderam observar se forem leitores habituais deste blog e seus comentários (e se não são não merecem respirar o ar que absorvem pelas vossas respectivas cavidades pulmonares) a nossa cara wenya, ela própria uma aluna de Antropologia desta instituição a que carinhosamente chamamos "fac", admite ter cogitado seriamente a possibilidade de ao invés de enveredar pelas ciências sociais, rumar aos Algarves para estudar peixinhos (nota pessoal: peixinhos a minha pila torta... se quissesse cursos de química orgânica e microbiologia sabia escolhê-los, muito obrigado).

Ou seja, temos aqui três casos documentados (isto é um documento?) que demonstram a estranha ligação entre BMP e Antropologia, entre o Peixe e o Homem, entre o Natural e o Social...
Pergunto-me qual será exatamente a natureza desta estranha ligação... será o cheiro em comum? (que os vossos sacos de carne francamente, mas já tiveram melhores dias em relação ao odorífero) Ou será que isto comprova aquela teoria que alghuns defendem que toda a vida terrestre (incluindo os humanos) descendem todos dos peixes? Deixo as considerações e ramificações ao leitor, agora tenho de ir fazer uma coisa... :P

1 comentário:

Leonidas disse...

Para quem acha que o Charles Darwin é saco, ler mais sobre Elaine Morgan, a criadora da teoria do Símio Aquático. Teoria da qual sou apologista - descender de macacos e herdar as capacidades inatas de lançamento de bosta para provocar a mitralhada até é bacano, mas não curto aquela cara de velhote que os gajos têm sempre... Ok, kidding. =D Para os interessados sugiro livros como "The Aquatic Ape Hypotesis" (emprestei ao Mantorras), "The Scars Of Evolution" (que tenho a servir de pé de apoio à minha cadeira de secretária - daquelas com rodinhas) ou "The Descent Of Woman" (que de momento está a fazer companhia à minha pilha de revistas de casa de banho - achei que precisavam de uma actualizaçãozita... - o livro é de 1972 *coff*coff*). Tudo boas leituras. Sou um gajo culto. (perceberam a piada?) Agora tenho de ir ver os desenhos animados na TV que já é demasiado cedo para ir dormir... (ver data de post, seus uers)