quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Come on, Eileen

Ocasionalmente, o blog necessita de pequenas pausas entre as criações de posts. Esta foi uma delas; estivemos ausentes, viajámos até Santa Comba Dão onde substituímos o "Dão" das placas por "Tiram", perguntando insistentemente a toda a gente o que era uma Comba e o que devíamos fazer se víssemos uma na rua.
Subimos um pouco mais em direcção ao Alto Minho só para ir a um restaurante e ter o prazer de pedir um prato de Rojões à moda do Minho, fazendo apostas de quem se iria rir primeiro a dizer "Rojões". Voltámos para o Sul, Alentejo, e ofendemos aldeias inteiras com piadas sexuais que envolviam as palavras "chaparro", "jumento" e "esfíncter". Acabámos por ser todos espancados por alentejanos com samarras e capotes. Voltámos a Lisboa, onde descansámos. Estamos, então, prontos para retomar as rédeas do posting inútil ou, pelo menos, eu estou. E, como dizem, "quando a galinha põe um ovo colorido o galo mata o pavão", vou directo ao assunto...
Há algumas coisas que me preocupam na sociedade portuguesa. A que mais me assombra o pensamento e me afunda num mar de ponderação constante é porque é que o bonequinho de sinal vermelho dos semáforos tem os pés para o lado? A pessoa que os desenhou usou um deficiente como modelo "ah, fica aí paradinho e não te babes, vou só fazer um desenho da tua fantástica silhueta". Bem, ok, não é isto que me preocupa, mas sim uma questão mais séria. Estava eu na rua e vi um anão, algo comum, vêem-se com frequência, mas este era incomum mesmo para anão. Ora, se pensarmos um pouco, o nome já ridiculariza um pouco, porque na Lingua Portuguesa o "-ão" é utilizado como aumentativo, e em latim "um" é uno. ao longo do tempo o "u" caiu e transformou-se em "a", ficando ano + ão, daí anão, "um grande". Acho mal gozarem com os anões. Continuando, vi um anão, algo que me impõe questões sobre as idas à retrete, será que eles usam uma lista telefónica? Se não, têm que ter uma óptima pontaria, e contando que em média se vai urinar 2 ou 3 vezes por dia, concluo que os anões dão snipers fantásticos, e com o seu tamanho reduzido certamente passariam despercebidos no campo de batalha e são alvos difíceis. Se os anões decidirem invadir o mundo irão certamente conseguir. Bem, continuando sem mais divagações; o que me frustrou neste anão em particular é que era estrábico, o que lixa um pouco a minha teoria ranhosa sobre os anões snipers.
É como Platão disse, "algo não pode comportar em si mesmo o seu oposto", ou seja, ser e não ser, ser magro e ser gordo em simultâneo; um anão não pode ser estrábico, teriam que criar uma casa-de-banho com sanita lateral ou ele teria que mijar de lado a apontar para a frente. Fiquei tão confuso que desfaleci e acordei num descampado todo nu com 10 euros ao lado e um cartão de negócios de um coleccionador de antiguidades. Para terminar, descobri que existe uma fobia a pessoas carecas, chamada "peladofobia" e que Lygirofengofobia é medo de barulho e luzes do dia.

2 comentários:

Leonidas disse...

Por falar em anões mijões e fobias, Urofobia é o medo de urina ou de urinar. Uma das fobias que eu conheço com o nome mais comprido é a Parascavedecatriafobia (acho que é assim que se escreve), que é o medo da data Sexta-feira 13.

Não quero partir sem deixar de fazer um pouco de publicidade gratuita a um futuro filme, que em breve estreará nos cinemas de Santa Comba Tiram, do qual eu sou produtor, chamado "10 Eunucos Sem Dinheiro Trocado - The Beginning", um horror/gore flick baseado em factos reais em que toda a gente que entra numa loja de antiguidades, gerida por 10 amigos eunucos que tomam ecstasy como se fosse o almoço, desfalece e acorda num descampado desnudada e sem a memória, com 10 euros ao lado e uma ligeira comichão na narina esquerda, apercebendo-se que adquiriram a capacidade de escrever neste blog e de remover a sujidade nas zonas mais difíceis.

Seph disse...

Valeu a pena esperar, enquanto nos enfrascavamos em mescal e roçavamos a colhoada em esquinas de casas.
Oh leonidas, então e deixar isso num post ou caralho? :P