terça-feira, abril 25, 2006

Avenida Duque de Lol

Não gosto muito de escrever sobre a dita "actualidade", gosto que os meus posts sejam intemporais e não associados a uma determinada altura, mas estou deveras fodido com esta merda toda em torno da morte do "Dino". Ora, primeiro que tudo, tem que se admitir que era um mau actor, não fizesse parte do elenco do Morangos com Açúcar. Mas agora que ele está morto, dezenas são as revistas que têm títulos como "jovem promissor falece" ou "actor em ascensão". Mas isto é a minha opinião. Agora, a TVI teve 65% de audiências aquando a transmissão do funeral dele, o que já por si é uma idiotice filmarem em directo o cortejo fúnebre. Depois, a Sic e a RTP tiveram que pagar direitos de autor para poderem transmitir a imagem do dito falecido. Isto foi, para mim, um expoente na exploração do sentimentalismo. Houve uma afluência de centenas de pessoas ao funeral... amigas combinaram com amigas para irem ver e, o mais macabro de tudo, tocarem no corpo. Acho que foi uma atrasadice mental da parte dos pais permitirem que as filhas de 12, 13 14 anos tivessem o que foi provavelmente o primeiro contacto com a morte deste modo. Vou copiar uma frase que tirei do site d' O Correio da Manhã: "sempre te achei um bom rapaz kom o futuro por a frente mas nm tudo o ke keremos é realizado o teu assidente deve ter sido mexmo mal mas para te alegrar ai no ceu um amigo teu ke ia no carro akabou de ter alta agora xxxxaaaaoooo" ... oh que caralho, estas merdas irritam-me, exploraram por completo o actor mediocre e fizeram dele um herói. A família deixou que tal sucedesse, permitindo a transmissão do funeral. Os pais e mães das miudinhas deviam tê-las trancadas em casa, é ridículo fazerem do funeral e da morte do gajo um espetáculo, um "reality show", como já disseram. Sei que isto é dar importância demais a um acontecimento televisivo, mas é impossível fugir dos media, seja na televisão, rádio, capas de revista.
O puto era mau actor e conseguiram fazer dele um mártir. Nem o Álvaro "Sobrancelhas" Cunhal teve tanta cobertura e, embora também não gostasse dele, acho que foi muito mais importante em variados níveis do que um badameco imberbe. Digo eu, não sei. Espero que o José Eduardo Moniz tenha um resto de vida doloroso e não consiga dormir à noite. Não basta a mulher dele ser a Manuela Moura Guedes. Sabem aquele monstro debaixo da cama que todos os miúdos têm medo? É ela. Este bicho televisivo já me trouxe muitos vómitos, é provavelmente a mulher que consegue ser mais feia que qualquer homem e mais irritante que os livros do Saramago. Aliás, tenho as minhas dúvidas quanto ao facto da MMG ser uma mulher, porque é uma quebra no meu processo mental de considerar as mulheres seres belos e esculturais. A minha conclusão é que o Moniz é rabeta porque está casado com um homem. Por hoje é tudo. É 25 de Abril e estou triste, já são anos em excesso de uma revolução inútil que deixou o país numa queda livre de atrasados mentais no poder e democracia popularucha barata em que ganha quem as velhinhas gostam mais. Hoje acordei fodido.

1 comentário:

Leonidas disse...

O sentimentalismo de centenas de pitas inconsoláveis com um QI equivalente a 2 é tão valioso como uma bracelete pela qual pagas 17 euros só porque diz lá diz "Revolution". E mesmo assim, errr... não sei... pita, bracelete... bracelete, pita... só se fosse pita shoarma, mesmo. Aí preferia a pita, e E!