sábado, abril 21, 2007

Patrão fora, dia santo na loja.

Pois é caros amigos, encontrei-me eu em periodo de mudanças e consequente hiato "netístico" apenas para voltar à actividade bloguística e deparar-me com algo deveras perturbante... Então não é que o google comprou o Youtube?? Estes tipos querem mesmo dominar o mundo, se descobrem que velhinhas em bikini cor-de-rosa dão dinheiro compram os direitos para isso também.

Queria trambém desde já agradecer a todos os leitores que participaram nas votações d´O Dia Seguinte, sem eles não seriamos nem metade do que hoje em dia somos (até estou a pensar candidatar o blog para patrimonio mundial da Humanidade) e também agradecer os comments sempre pertinentes cuja acidez revela um espirito verdadeiramente salutar, mostrando que se pode ser sarcástico e cómico sem recorrer a faltas de respeito, insultos e/ou teorias da conspiração. Um grande bem-haja e muito obrigado!
Numa nota de novidades, gostaria de dizer que estou contente com a minha nova residência... o tecto está virtualmente "booger-free", o que me faz olhar para ele da mesma maneira que Dalí olhava para uma tela, mas mais estranho ainda; o Benfica foi eliminado da Taça UEFA o que me deixou muito triste, não o facto de ter sido eliminado, mas por ter perdido com uma equipa chamada "Espanyol"... deve haver coisa mais humilhante do que perder contra uma equipa com nome de elixir bocal? Chegou também a Primavera... pena que venha atrelada ao resto da família, aquele primo Abílio peida-se como se não houvesse amanhã :/... descobri também que se puser uma toalha de praia ao pescoço consigo voar... pena que só resulte se me atirar de prédios mesmo muito altos; consegui também finalmente acabar a minha tese sobre a vida sexual dos gambuzinos vampiros alentejanos ou os Nosferatum Gambuzinen Preguiçum...
Ah e o Oneiros vai sair do blog.
Tenho dito.

quarta-feira, abril 18, 2007

E o vencedor é...

E eis que o vosso bloguista [menos] preferido (a julgar pelo resultado das votações) regressa para aquele que será possivelmente o seu último post neste espaço.

Como reza o título, este post servirá sobretudo para anunciar o vencedor do poll criado pelo nosso criador Sephiroth e que decorreu durante o mês de Março.

E assim, sem mais delongas o grandes vencedor é...

[inserir rufada de tambor aqui]

A INÉRCIA!!!!!

Com a preguiça um próximo segundo lugar.

Pois é! Já nos encontramos no saudoso 18 de Abril, exatamente 18 dias depois do término suposto da votação, mas eis que as urnas ainda estão abertas.

Vá lá, é "O Dia Seguinte" quem esperavam que ganhasse, senão a inércia?

Desengane-se pois o nosso auditório se pensavam que a "rentrée" de Sephiroth e a sua prometida "lufada de ar fresco" era a charneira que iria marcar a revolução neste espaço com actualizações regulares, posts repletos de informação (mais ou MENOS) útil e algumas gargalhadas subreptícias. Não. Como já diziam os franceses "quanto mais as coisas mudam, mas elas ficam na mesma" ou em bom português "a merda é sempre a mesma, só mudam as moscas e o cheiro".

E agora numa nota mais pessoal (mas não muito) partilharei convosco meus leais súbditos... espera aí, só tive um voto... meu leal súbdito uma pequena informação:

Na boa tradição deste blog, arriscarei mesmo dizer dos primeiros em Portugal e dos mais antigos ainda em (semi) funcionamento, o real motivador da votação foi não a vontade de renovação e mudança, mas sim o escárnio e a hipocrisia (não fosse este o espaço preferido para a má-língua residir). Afinal, fui surpreendido circa 3 de Março com o refresh na skin do blog e o anúncio da votação, como imagino que terá acontecido com o Leonidas e O_Technokrata, não me recordando de ter sido consultado sobre qualquer espécie de renovação e subsequente expulsão de vários dos colaboradores deste blog. Foi nesse momento que do canto da minha mente surgiu uma memória secundária e afundada sobre toneladas de informação do dia a dia. Recordei-me de uma conversa que tinha tido com o Theydontsleepanymore (TDSA) umas semanas antes desse saudoso 3 de Março. Conversa essa que tinha consistido das habituais cavalidades e trivialidades que caracterizam o nosso dia a dia, tecidas e embrulhadas de tal forma que a frase do dito TDSA nem registou na altura. Frase essa que foi algo do estilo "Vamos mudar o blog, só vamos ficar eu e o Sephiroth".

Tendo esta revelação e reminescência agora presente na memória, perguntei-me naturalmente "Hein? Então para quê uma votação?"

E claro está. A resposta será sempre a mesma: hipocrisia.

Chegou à minha atenção que desta forma os nossos confrades (e uso o termo de forma solta aqui) TDSA e Seph conjuraram uma maneira recambulesca de se desculpabilizarem sobre qualquer vontade directa e interventiva na minha e dos restantes colaboradores eventuais expulsões. Seria assim apenas o resultado directo da vontade, até agora ignorada, das massas leitoras. Afinal o sistema de voto excluia o Seph por "direitos fundadores" do blog e podia ser facilmente manipulado para aumentar a votação do TDSA caso fosse necessário (o que não me parece que tenha sido de qualquer forma). Assim foi conjurada uma forma "democrática" e limpa de culpa para que Seph e TDSA pudessem assumir controlo deste espaço de forma exclusiva, e assim usurpar da minha posição divina enquanto deidade d' O Dia Seguinte.

Deixei esta charada continuar e prosseguir, sem sequer lançar um voto que fosse (por isso, não, o meu voto não foi o meu próprio) por dois motivos:

Primeiro queria ver até onde ia.
Segundo enquanto deidade acima referida, sou imortal e não posso ser eliminado da esfera sobre a qual existo. Podem eliminar-me enquanto bloguista deste espaço, mas o meu status divino mantém-se, e forçado a uma semi-existência como espectro de assombração, estripado dos meus poderes de criação de novos posts e quiçá até mesmo tendo os meus hipotéticos comentários selados e removidos, a rememberança da minha existência será suficiente para que alguns, poucos que sejam, me alimentem e dêem força. Gradualmente a minha essência retomará a sua plena força e eons passados desde a minha destituição os cultos Oníricos deste blog irão celebrar o meu regresso renascido como uma deidade bloguística sedenta da vingança e rancor. Os eons passados como espectro ter-me-ão transformado da forma resplandecente com que agora me apresento de Oneiros, criando em mim tentáculos e asas de morcego, e dando-me poderes sobre a sanidade do leitor, ao invés dos que agora possuo. Regressarei. Daqui a mil anos ou daqui a um milhão, não podem negar-me...

Não podem negar

O Chamamento de Onheirlhu!!!

MUAHAHAHAHAHAH!!!!


(man, este foi demasiado rebuscado até para mim... indago-me se alguém irá sequer compreender as piadas latentes... oh well...)

quinta-feira, abril 05, 2007

for reasons unknown

Encontrei-me com ela no café da esquina, como de costume. Acabei por levar as minhas calças de ganga e uma camisola comum. Achei a mini-saia pouco apropriada e o top vermelho muito fresco para uma noite destas. Quando entrei pela porta, ela já me esperava, com o seu ar de poucos amigos, um cigarro a meio numa mão e um pepino na outra... eu estranhei. "Cigarro? Ela não fuma". Sentei-me sem dizer nada. Ela posou o pepino e disse-me lenta e calmamente, arrastando as palavras "a minha prima tem um bidé a crescer-lhe na testa". Eu já esperava, mais tarde ou mais cedo iria acontecer. Aproximei a minha mão da dela que repousava em cima da mesa suja do café e falei em tom baixo e a tentar reconfortá-la. "não te preocupes, desde que ninguém se sente em cima dela não há problema". Ficámos em silêncio, submersos no ambiente pesado. Ficámos pelo café até fechar e sermos os únicos. Deixei-a na paragem do autocarro para a Picheleira, e fiz diversos comentários sobre o nome do local "ah, o que é que dá a mistura de uma picha com uma chaleira?" ela não sorriu, limitou-se a olhar para baixo e murmurar carinhosamente "vai morrer longe meu cabrão". Eu acenei com a cabeça, sorri e beijei-a em tom de despedida. Caminhei pela cidade, onde obviamente fui violado por um alcoólico sem-abrigo. Chamava-se Tomás. Deambulei a pensar na prima dela, com algum receio do futuro. Pensei também no Tomás e na sua garrafa de Casal Garcia. Pensei que se um dia for bailarino, mudo o meu nome para Nabiçov. Cheguei a casa 2 horas depois, onde adormeci facilmente, cansado e ainda dorido. Acordei com o indiano a tocar flauta, como sempre. Nunca mais soube nada dela depois da piada da Picheleira. Hoje, aprendi a manter-me calado e não chatear pessoal que tenha primas a crescer bidés na testa.