terça-feira, dezembro 22, 2009
uma pequena anotação para 2010
Saiu este ano o filme The Messenger, mais um filme de guerra. Está em pré-produção a sequela, The Mirc.
domingo, dezembro 13, 2009
Snakecharmer
Como os três fieis leitores do nosso blog devem ter reparado, é pouco frequente colocarmos posts. O decair do blog deu-se em 2007, com o início da actividade laboral dos três escritores (na altura cinco). Tal e qual uma boa selecção natural teorizada por Darwin, sobrámos três. Mas vocês que nos lêem atentamente há anos pouco sabem de nós a não ser a imperativa idiotice e "falta de chá". Portanto, vou aproveitar que tive a autorização dos meus colegas e fazer uma breve biografia deles.
A primeira parte será dedicada a Seph, fundador do blog. Nasceu no meio de uma plantação de couves em Fornos de Alpeirim, num belo dia de verão. A sua primeira experiência amorosa foi com um coelho chamado Fidalgo, animal de estimação da vizinha de cima que não estranhou o andar bambaleante do dito coelho. Esse relacionamento acabou quando Seph conheceu Kika, a banana sorridente. Fidalgo descobriu a traição e lançou-se de uma ponte em encontro à morte, coberto de lágrimas e com fotografias amachucadas nos bolsos das férias que ambos partilharam. Diz-se que hoje em dia, durante a época da apanha da azeitona, se ouve Fidalgo a chorar pela ponte fora. Seph, após três anos de amor compulsivo com a banana sorridente, decidiu abandonar tudo e começar uma vida nova em Lisboa, sob o nome de Ginja. Cá, o primeiro trabalho que conseguiu foi como Furador de Folhas A4. Rapidamente reconheceram o seu empenho e promoveram-no a Contador de Folhas das Resmas. Seph (ou Ginja) publicou mais tarde o se romance erótico "Fazia-te a Folha"
Aos vinte anos fundou a Casta dos Lavradores Hemorrágicos, com o objectivo de proteger os doentes do hemorroidal aquando a prática da agricultura. Ele, sempre atento aos problemas dos outros, manifestou-se em plenos pulmões contra a lei que não facilita a vida a quem tem "rama na batata" (expressão utilizada pelos membros da CLH). Quando se apercebeu que nada havia a fazer no nosso país, emigrou para o México para aprender uma velha arte de meditação, a bronzeación de los huevos, que consiste em adoptar a posição de lotus por cima de um alguidar cheio de bronzeador e mergulhar lá os ditos huevos, enquanto se entoam mantras mexicanos, como o conhecido Om-Nacho. Revitalizado e de tomatada reluzente, voltou passado uma semana e alugou uma casa em campolide com vista para a rua onde começou a ensinar a bronzeación aos seus mais próximos. No dia seguinte descobriu a cerveja, comprou um pacote de batatas fritas e ficou no sofá a ver bola, altura de ascensão mental, de um outro olhar para o mundo. Altura em que criou este blog, O Dia Seguinte.
Por hoje é tudo, brevemente espera-se a biografia de Leonidas e do Colaborador Ninja.
A primeira parte será dedicada a Seph, fundador do blog. Nasceu no meio de uma plantação de couves em Fornos de Alpeirim, num belo dia de verão. A sua primeira experiência amorosa foi com um coelho chamado Fidalgo, animal de estimação da vizinha de cima que não estranhou o andar bambaleante do dito coelho. Esse relacionamento acabou quando Seph conheceu Kika, a banana sorridente. Fidalgo descobriu a traição e lançou-se de uma ponte em encontro à morte, coberto de lágrimas e com fotografias amachucadas nos bolsos das férias que ambos partilharam. Diz-se que hoje em dia, durante a época da apanha da azeitona, se ouve Fidalgo a chorar pela ponte fora. Seph, após três anos de amor compulsivo com a banana sorridente, decidiu abandonar tudo e começar uma vida nova em Lisboa, sob o nome de Ginja. Cá, o primeiro trabalho que conseguiu foi como Furador de Folhas A4. Rapidamente reconheceram o seu empenho e promoveram-no a Contador de Folhas das Resmas. Seph (ou Ginja) publicou mais tarde o se romance erótico "Fazia-te a Folha"
Aos vinte anos fundou a Casta dos Lavradores Hemorrágicos, com o objectivo de proteger os doentes do hemorroidal aquando a prática da agricultura. Ele, sempre atento aos problemas dos outros, manifestou-se em plenos pulmões contra a lei que não facilita a vida a quem tem "rama na batata" (expressão utilizada pelos membros da CLH). Quando se apercebeu que nada havia a fazer no nosso país, emigrou para o México para aprender uma velha arte de meditação, a bronzeación de los huevos, que consiste em adoptar a posição de lotus por cima de um alguidar cheio de bronzeador e mergulhar lá os ditos huevos, enquanto se entoam mantras mexicanos, como o conhecido Om-Nacho. Revitalizado e de tomatada reluzente, voltou passado uma semana e alugou uma casa em campolide com vista para a rua onde começou a ensinar a bronzeación aos seus mais próximos. No dia seguinte descobriu a cerveja, comprou um pacote de batatas fritas e ficou no sofá a ver bola, altura de ascensão mental, de um outro olhar para o mundo. Altura em que criou este blog, O Dia Seguinte.
Por hoje é tudo, brevemente espera-se a biografia de Leonidas e do Colaborador Ninja.
domingo, novembro 01, 2009
Olha que ca...FODA-SE!!!
Caríssimos e estimados leitores, é com agrado que comunico que atingimos a marca das 12.000 visualizações. Isto quererá dizer que num sentido muito lato da questão, houveram 12.000 pessoas cujo QI desceu abruptamente na sequência do 'click' desafortunado, que os introduziu neste antro idiota e deprimente de verborreia e poesia sobre cócó.
Como fundador e co-idiota residente, quero desde já agradecer a todos os que contribuíram para que este nosso espacinho chegasse à marca que hoje apresenta.
Obrigadinhos.
Como fundador e co-idiota residente, quero desde já agradecer a todos os que contribuíram para que este nosso espacinho chegasse à marca que hoje apresenta.
Obrigadinhos.
quinta-feira, agosto 06, 2009
Sunken Hearts
Olhavas para mim, com um sorriso tímido... eu aproximei-me como que a deslizar pela calçada ainda húmida da chuva estival.
Ao olhar-te nos olhos reparei na tua face de marfim, salpicada com rubor enquanto enrolavas o teu cabelo cor de fogo com os dedos... dei por mim a dar passadas sem sentir o chão por baixo dos pés, o meu coração palpitava como que a querer trepar pela garganta... as tuas pernas cruzadas como que num perfeito nó de pura graciosidade realçavam o teu corpo curvilíneo... Aproximei-me de ti, encostei o meu corpo ao teu numa harmonia perfeita, num ballet divino... estremeceste ao meu primeiro toque e olhaste para mim com os olhos, essas avelãs doces e puras, a lacrimejar.
Encostaste a tua face à minha e deslizando os lábios com torpor até ao meu ouvido, murmuraste baixinho: “Preciso de cagar!”
Ao olhar-te nos olhos reparei na tua face de marfim, salpicada com rubor enquanto enrolavas o teu cabelo cor de fogo com os dedos... dei por mim a dar passadas sem sentir o chão por baixo dos pés, o meu coração palpitava como que a querer trepar pela garganta... as tuas pernas cruzadas como que num perfeito nó de pura graciosidade realçavam o teu corpo curvilíneo... Aproximei-me de ti, encostei o meu corpo ao teu numa harmonia perfeita, num ballet divino... estremeceste ao meu primeiro toque e olhaste para mim com os olhos, essas avelãs doces e puras, a lacrimejar.
Encostaste a tua face à minha e deslizando os lábios com torpor até ao meu ouvido, murmuraste baixinho: “Preciso de cagar!”
quarta-feira, junho 24, 2009
O Regresso dos Que Não Voltaram
E eis que após varios meses de interregno, o meu confrade TheyDontSleepAnymore decidiu (e muito bem) debitar mais uma pérola vinda directamente do berbigão que é a sua mente.
Como sabem, recentemente chegado de Palmoliv eu ainda estive algum tempo a limpar o capacete de guerra da mosquiteira (palavra usada antigamente como "vai-te foder tu que pensas que esta palavra não existe ou que simplesmente gostas de corrigir as pessoas porque isso te faz sentir importante") que se encontrava agarrada ao mesmo.
Como o TheyDontSleepAnymore menciou, passei alguns meses da minha vida na busca pela синий ноготь... por entre ruelas negras e matagais densos (não, não me cruzei com a Ana Malhoa) procurei pela lenda de Svetlanova, porque sempre quis o canal Panda ao pé de casa.
Mas isso... é outra história.
No entanto, há algo que se me atormenta a mioleira... Nomeadamente o Twitter... depois de chegar a Portugal fiquei perplexo com a quantidade de pessoas que aderiram a esta forma de comunicação, sendo isto algo que não percebo.
Consigo encontrar mais utilidade na electricidade em pó e nos martelos de desempenar vidros. Quer dizer, por parte de agências noticiosas ainda consigo compreender... existem sempre actualizações, nem que seja a quantidade de doenças venéreas que contraiu ou com que mão limpa o cú o Cristiano Ronaldo; agora para o utilizador comum, para que raio é que aquela bosta serve??
"Ah, mandei um peido que fez estremecer as paredes de casa... vou já mandar um 'twitt' (é o termo utilizado para quando se, efectivamente, se utiliza o raio da coisa)" ou "Epá, acho que a sopa de legumes que comi me caiu mal... é melhor mandar um 'twitt'". Sim, sou um sacana raivoso e maldisposto e acho tudo estúpido e ridículo, mas por favor... twitt?? TWITT?? Parece calão em inglês para deficiente mental.
De qualquer forma, é de louvar este renascimento do espaço que outrora já ocupou um cantinho muito especial no nosso coração.
Para quem ainda não o fez, recomenda-se vivamente uma consulta às postagens mais antigas. Grande bem-haja.
Como sabem, recentemente chegado de Palmoliv eu ainda estive algum tempo a limpar o capacete de guerra da mosquiteira (palavra usada antigamente como "vai-te foder tu que pensas que esta palavra não existe ou que simplesmente gostas de corrigir as pessoas porque isso te faz sentir importante") que se encontrava agarrada ao mesmo.
Como o TheyDontSleepAnymore menciou, passei alguns meses da minha vida na busca pela синий ноготь... por entre ruelas negras e matagais densos (não, não me cruzei com a Ana Malhoa) procurei pela lenda de Svetlanova, porque sempre quis o canal Panda ao pé de casa.
Mas isso... é outra história.
No entanto, há algo que se me atormenta a mioleira... Nomeadamente o Twitter... depois de chegar a Portugal fiquei perplexo com a quantidade de pessoas que aderiram a esta forma de comunicação, sendo isto algo que não percebo.
Consigo encontrar mais utilidade na electricidade em pó e nos martelos de desempenar vidros. Quer dizer, por parte de agências noticiosas ainda consigo compreender... existem sempre actualizações, nem que seja a quantidade de doenças venéreas que contraiu ou com que mão limpa o cú o Cristiano Ronaldo; agora para o utilizador comum, para que raio é que aquela bosta serve??
"Ah, mandei um peido que fez estremecer as paredes de casa... vou já mandar um 'twitt' (é o termo utilizado para quando se, efectivamente, se utiliza o raio da coisa)" ou "Epá, acho que a sopa de legumes que comi me caiu mal... é melhor mandar um 'twitt'". Sim, sou um sacana raivoso e maldisposto e acho tudo estúpido e ridículo, mas por favor... twitt?? TWITT?? Parece calão em inglês para deficiente mental.
De qualquer forma, é de louvar este renascimento do espaço que outrora já ocupou um cantinho muito especial no nosso coração.
Para quem ainda não o fez, recomenda-se vivamente uma consulta às postagens mais antigas. Grande bem-haja.
terça-feira, junho 23, 2009
Shake that devil
Ao longo dos séculos de existência da língua portuguesa, muitos vocábulos têm sido esquecidos devido à sua falta de utilização, ou porque simplesmente assim a evolução linguística o ditou. E eu, sempre preocupado com a cultura dos leitores do blog (ou blogue, como muita gente escreve mas eu recuso-me porque é uma idiotice pegada), decidi fazer uma pesquisa destas palavras que, ou já foram esquecidos, ou simplesmente não vingaram no dialecto comum. Quanto ao facto de há já muito tempo não escrevermos nada aqui n'O Dia Seguinte, eu passo a explicar.
O Seph, excelentíssimo fundador e colaborador do blog, dedicou-se aos espiritualismos. Assim, entre noitadas a estudar livros, a investigar nas ruelas negras da cidade e a falar com pessoas meio esquisitas (as inteiramente esquisitas estavam na praia), descobriu uma antiga tese, que referir o nome traz-me um cheiro a papeis antigos e dá-me um arrepio na espinha... Era a синий ноготь.
No século XIII uma senhora, de nome Svetlanova (filha de Svetlavelha), enquanto passeava por Palmoliv, uma pequena aldeia a sul do meio da Russia, encontrou uma flor que crescia timidamente atrás de um arbusto. Ora, ela que já estava deveras familiarizada com aquele arbusto, nunca tinha reparado em tão bela flor; dona de um roxo azulado, fina e de contornos leves, a planta reagia levemente ao passar das brisas geladas da Rússia. Comovida com tal visão, Svetlanova (irmã mais nova de Svetlameiaidade) não hesitou em remover as suas saias, a sua cueca de serapilheira e em largar uma majestosa poia. Ainda chorosa com a beleza da flor, foi a ela que se limpou, deixando as pétalas a marinar na sua regueifa durante alguns dias. Sem se dar conta do que se passava, as pétalas tornaram-se parte dela, juntaram-se à sua pele, e a partir daí Svetlanova (mãe de Svetlafoda-se) teve sempre o canal Panda a gravar ao pé de sua casa.
Após a morte de Svetlanova, não mais foram vistos os membros da equipa de gravação do canal Panda ao pé de Palmoliv.
De volta ao Seph. Também ele desejava ter o canal Panda a gravar ao pé de casa. Mas falhou. Até fez casting para ser "O" Panda, mas não possuía a pureza de espírito necessária.
Foi então numa tarde de Fevereiro que Seph dirigiu-se a mim e me explicou o plano; ele queria ir a Palmoliv, descobrir a tal flor e esfregá-la nos les entrefeulles (entrefolhos, como dizem os franceses). Durante a sua pesquisa prévia, descobriu também ser necessário estar uma tarde de solzinho e ter um pequeno livro de chalaças irlandesas todas começadas por "se eu fosse um tubérculo" ao lado aquando a dita exteriorização do cocó.
Não hesitei. Fiz a minha mala, comprei umas meias dos smurfs e fui com o Seph em busca da aldeia de Palmoliv.
Assim que chegámos pensámos "eh pá, que merda de ideia que tivemos". E voltámos. De bicicleta. Com elmos medievais para nos proteger dos mosquitos (os mosquitos russos são óptimos lutadores de espadas, é preciso estar atento). E foi deste modo que se passaram os ultimos meses.
Ah, de volta à minha pesquisa. Bem, de facto passei muitas horas fechado em bibliotecas e supermercados de bairro a investigar a fundo as questões linguisticas dos vocábulos perdidos. Venho então partilhar convosco (com as três pessoas que seguem o blog) os meus resultados.
O meu esquema de apresentação será então
- Palavra
- Pequena explicação
- Uso da palavra numa frase
Gazugar
Acto de estar à espera por um taxi na zona de Almeirim
"raio do taxi, já estou farto de gazugar feito parvo"
Achancar
Acto de perfurar os intestinos com a tocha olímpica
"não gosto que me achanques durante o telejornal"
Bongosa
Diz-se da mulher cujos atributos físicos permitiriam o seu aparecimento num videoclip do Bonga
"A tua mãe é um bocado bongosa"
Larvilo
Instrumento de madeira usado entre os séc. XII e XIII para retirar as postulas genitais
"O larvilo tirou-me a postula mas fiquei com lascas de madeira nos coneidos" (era como se dizia tomates na altura)
Bolar
Acontecimento único na vida de uma pessoa, enquanto criança, que se cai e se enrola no chão pela primeira vez. As vezes posteriores chamam-se rebolar.
"O Luisinho bolou para cima das silvas."
Biliado
Diz-se daquele que, aquando o carnaval, em vez de levar com balões de água leva com balões de bílis.
"Merda dos putos, já me biliaram o casaco todo"
Tutino
Aquele que tem uma narina em forma de anzol de pesca norueguês
"ela espirrou contra uma parede e ficou tutino"
Jalipanga
Doença rara que faz com que cada vez que se coma alho francês tem que se recensear numa freguesia alentejana.
"Vou a Vendas Novas. Apanhei Jalipanga numa casa de banho pública"
Ramiscar
O acto de coçar a orelha esquerda com uma moto-serra.
"A sua tia foi encontrada morta depois de ter tentado ramiscar"
Singaringatonga
Nome dado às mulheres africanas de 29 anos, cujo nome rima com "chinchilla" que tomam banho de luz apagada enquanto cantam Frank Sinatra.
...que estupidez. Às vezes ainda me surpreendo... bem, continuando...
Gargaroda-se
Nome que se dá ao som que se faz quando, a meio de uma gargalhada, alguém nos pisa os colhões com um tronco de árvore
"ouviste isto?! parecia um gargaroda-se na casa ao lado"
Patachanga
Pássaro que habita o Sul da Coreia do Norte, conhecido pelo seu cheiro a halibut.
"Os patachanga têm uma bela plumagem"
Bem, e com isto me despeço. E vocês, vós outros do blog, apelo à vossa participação, não quero ser o unico idiota por estas bandas
O Seph, excelentíssimo fundador e colaborador do blog, dedicou-se aos espiritualismos. Assim, entre noitadas a estudar livros, a investigar nas ruelas negras da cidade e a falar com pessoas meio esquisitas (as inteiramente esquisitas estavam na praia), descobriu uma antiga tese, que referir o nome traz-me um cheiro a papeis antigos e dá-me um arrepio na espinha... Era a синий ноготь.
No século XIII uma senhora, de nome Svetlanova (filha de Svetlavelha), enquanto passeava por Palmoliv, uma pequena aldeia a sul do meio da Russia, encontrou uma flor que crescia timidamente atrás de um arbusto. Ora, ela que já estava deveras familiarizada com aquele arbusto, nunca tinha reparado em tão bela flor; dona de um roxo azulado, fina e de contornos leves, a planta reagia levemente ao passar das brisas geladas da Rússia. Comovida com tal visão, Svetlanova (irmã mais nova de Svetlameiaidade) não hesitou em remover as suas saias, a sua cueca de serapilheira e em largar uma majestosa poia. Ainda chorosa com a beleza da flor, foi a ela que se limpou, deixando as pétalas a marinar na sua regueifa durante alguns dias. Sem se dar conta do que se passava, as pétalas tornaram-se parte dela, juntaram-se à sua pele, e a partir daí Svetlanova (mãe de Svetlafoda-se) teve sempre o canal Panda a gravar ao pé de sua casa.
Após a morte de Svetlanova, não mais foram vistos os membros da equipa de gravação do canal Panda ao pé de Palmoliv.
De volta ao Seph. Também ele desejava ter o canal Panda a gravar ao pé de casa. Mas falhou. Até fez casting para ser "O" Panda, mas não possuía a pureza de espírito necessária.
Foi então numa tarde de Fevereiro que Seph dirigiu-se a mim e me explicou o plano; ele queria ir a Palmoliv, descobrir a tal flor e esfregá-la nos les entrefeulles (entrefolhos, como dizem os franceses). Durante a sua pesquisa prévia, descobriu também ser necessário estar uma tarde de solzinho e ter um pequeno livro de chalaças irlandesas todas começadas por "se eu fosse um tubérculo" ao lado aquando a dita exteriorização do cocó.
Não hesitei. Fiz a minha mala, comprei umas meias dos smurfs e fui com o Seph em busca da aldeia de Palmoliv.
Assim que chegámos pensámos "eh pá, que merda de ideia que tivemos". E voltámos. De bicicleta. Com elmos medievais para nos proteger dos mosquitos (os mosquitos russos são óptimos lutadores de espadas, é preciso estar atento). E foi deste modo que se passaram os ultimos meses.
Ah, de volta à minha pesquisa. Bem, de facto passei muitas horas fechado em bibliotecas e supermercados de bairro a investigar a fundo as questões linguisticas dos vocábulos perdidos. Venho então partilhar convosco (com as três pessoas que seguem o blog) os meus resultados.
O meu esquema de apresentação será então
- Palavra
- Pequena explicação
- Uso da palavra numa frase
Gazugar
Acto de estar à espera por um taxi na zona de Almeirim
"raio do taxi, já estou farto de gazugar feito parvo"
Achancar
Acto de perfurar os intestinos com a tocha olímpica
"não gosto que me achanques durante o telejornal"
Bongosa
Diz-se da mulher cujos atributos físicos permitiriam o seu aparecimento num videoclip do Bonga
"A tua mãe é um bocado bongosa"
Larvilo
Instrumento de madeira usado entre os séc. XII e XIII para retirar as postulas genitais
"O larvilo tirou-me a postula mas fiquei com lascas de madeira nos coneidos" (era como se dizia tomates na altura)
Bolar
Acontecimento único na vida de uma pessoa, enquanto criança, que se cai e se enrola no chão pela primeira vez. As vezes posteriores chamam-se rebolar.
"O Luisinho bolou para cima das silvas."
Biliado
Diz-se daquele que, aquando o carnaval, em vez de levar com balões de água leva com balões de bílis.
"Merda dos putos, já me biliaram o casaco todo"
Tutino
Aquele que tem uma narina em forma de anzol de pesca norueguês
"ela espirrou contra uma parede e ficou tutino"
Jalipanga
Doença rara que faz com que cada vez que se coma alho francês tem que se recensear numa freguesia alentejana.
"Vou a Vendas Novas. Apanhei Jalipanga numa casa de banho pública"
Ramiscar
O acto de coçar a orelha esquerda com uma moto-serra.
"A sua tia foi encontrada morta depois de ter tentado ramiscar"
Singaringatonga
Nome dado às mulheres africanas de 29 anos, cujo nome rima com "chinchilla" que tomam banho de luz apagada enquanto cantam Frank Sinatra.
...que estupidez. Às vezes ainda me surpreendo... bem, continuando...
Gargaroda-se
Nome que se dá ao som que se faz quando, a meio de uma gargalhada, alguém nos pisa os colhões com um tronco de árvore
"ouviste isto?! parecia um gargaroda-se na casa ao lado"
Patachanga
Pássaro que habita o Sul da Coreia do Norte, conhecido pelo seu cheiro a halibut.
"Os patachanga têm uma bela plumagem"
Bem, e com isto me despeço. E vocês, vós outros do blog, apelo à vossa participação, não quero ser o unico idiota por estas bandas
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