Limpar ervilhas uma a uma com um cotonete ou cortar as unhas com um lança-chamas? A questão
que hoje me questiona (isto de escrever posts sem ter tomado café tem resultados macabros) é apenas esta: se o Tio Patinhas era o pato mais rico de Patópolis, como é que ele não pagou a um assassino para matar os Metralhas... ou para matar o Donald e os seus sobrinhos irritantes? E crucificar o Mickey? E apedrejar o pateta? Acho que deviam fazer uma longa metragem chamada "Uncle Scrooge: The Rampage"... seria um sucesso. Outro livro que deviam editar é o "Guia do Estudante: Escreves Mal Mas Como Ainda Estás Na Faculdade Tens Desculpa Para Isso e és Capaz De Ser o Novo José Luís Peixoto".
sexta-feira, março 31, 2006
domingo, março 19, 2006
Christmas Card From a Hooker in Minneapolis
Não, o Dia Seguinte não acabou. Não irá acabar... nunca. Simplesmente tivemos problemas com a nossa editora; ora, há uns meses atrás, interessaram-se por nós, dizendo coisas bonitas como "terão muita fama e dinheiro", "têm uma excelente capacidade crítica" e a que eu mais gostei, "essas calças ficam-te muito bem". Até aí, excelente. Burocracias, reuniões até às altas horas da manhã, discussões acesas sobre o Prince e o porquê da existência do mesmo... até que conseguimos. Estava tudo a correr bem... até à reunião final com o publicador. Era altura de fazer exigências, de pedirmos, enquanto escritores d'O Dia Seguinte, o que desejávamos realmente. As minhas pernas tremiam e a roupa interior estava mal colocada. O Oneiros foi o primeiro. Tudo o que ele pediu foi um Cuba Libre... silêncio e escuridão. Depois foi o Stormson, que pediu um free-pass vitalício para um grupo de terapia de GMTA (Gajos que Mijam os Ténis Alheios). O licantrope tinha-se perdido em sua casa à procura de roupa interior, acabou por não poder aparecer. Por último, era eu. Estava nervoso, sabia que o meu pedido era arrojado e perigoso. Olhei as caras na reunião, inspirei lenta e calmamente, e proferi "um corta-unhas". Os segundos seguintes foram de choque, admiração, flatulência. o editor ergueu-se tal trovão numa trovoada, tal gigante acordado, tal pepino amadurecido e vociferou"nunca! Antes a morte!". As vozes aumentaram na confusão. Mangas foram arregaçadas, em braços prontos para violência. Café foi entornado por cima da mesa, cobrindo a papelada já preenchida. Voltei a repetir "um corta-unhas! Ou acabamos aqui o contrato!". Um dos representantes da editora abriu a janela do 8º andar, empoleirou-se e saltou, gritando pelo caminho "nunca me irão apanhar com os diamantes!". Virei as costas, juntamente com os outros membros d'O Dia Seguinte, e caminhámos de cabeça erguida. Ao abrirmos a porta, estava lá o Licantrope com um barril à volta dele "desculpem o atraso, não encontrei o meu fio dental". E assim foi o que aconteceu.
Mesmo assim, poderia recorrer à "desculpa do escritor". Não tenho inspiração. Estou com uma branca. Pessoalmente, acho fantástico dar-se esta prioridade aos escritores, são a única profissão que pode usufruir de um "desculpe, hoje não, não tenho inspiração". Imaginemos um médico com um doente a morrer à frente dele e ele "desculpem, não posso operar, estou sem inspiração". Mas afinal, o que é um gajo saber escrever? Mais tarde ou mais cedo, vai ter um branca, um bloqueio, uma "falta de inspiração". Conclusivamente, o dom de escrever é ocasional, uma pessoa é incapaz de controlar o seu dom. Os escritores são tipo X-Men, todos com poderes esquisitos e dificilmente controláveis... Mas não, os outros têm que ter inspiração. Como seria o mundo de hoje se o Newton, em vez de ter tido uma ideia brilhante quando levou com uma maçã na tola, tivesse simplesmente coçado os hermanos e suspirado "Ná. Hoje não dá". Na verdade, estive um pouco a cagar-me para o blog, com frequências e copos não sobra muito tempo para escrever merda.
Sou adepto do vegetanço televisivo, gosto de passar horas a zappar sem ver nada em concreto, só pelo simples prazer do meu cérebro estar quase inactivo e os meus movimentos se limitarem a mover o polegar 1 mlímetro para o lado e 1 milímetro para o outro, enquanto o meu indicador da outra mão escarafuncha a narina apropriada, normalmente a do mesmo lado da mão (mão esquerda, narina esquerda). Quero aproveitar a oportunidade para avisar que anda aí muito boa gente com intrusos nasais. É normal, faz parte do ser humano, mas é ridículo. O borrié retira por completo qualquer seriedade que uma pessoa possa ter. A imagem de um macaco é implacável. Será que os apóstolos teriam seguido Jesus se ele não se tivesse assoado naquela manhã?
JC - Pois será da bondade infinita de Deus meu pai que Barrabás será...
Apóstolo 1 - Ó barbas, desculpa lá interromper, mas espero bem que hoje não haja baile
JC - Meu filho, não percebi o intento da tua...
Apóstolo 2 - Intenta aqui! Vai mas é limpar o cú a urtigas, seu vígaro, se fosses filho de Deus não andavas aí cheio de verdetes no nariz!
(subentenda-se que os apóstolos eram reformados frequentadores da tasca "Na Bifa com o Zé", famosa pelos seus pipis e minis a 30 cêntimos).
Ou o Hitler, a fazer um dos seus acesos discursos, prestes a movimentar massas para a destruição, como seria se alguém lhe tivesse dito do público "MAKAKEN IN DAS NASEN! HAR HAR HAR!"
Bem, voltando à televisão, há 2 programas que eu acho que deviam ser removidos por completo da minha vida, que eu adorava que não existissem e seria muito mais feliz sem eles; o primeiro, claro, é os Morangos com Açúcar.... Ok, por onde hei-de começar? Pelos péssimos actores? Pelos maus exemplos que oferecem ao público alvo? Por embrutecer por completo o cérebro com histórias surreais de telenovela? Não. Pelas gajas. A actriz-tipo do MCA tem 25 anos, acabou o 12º ano e foi para o conservatório, onde foi expulsa por assédio. Mais tarde, ela consegue trabalhar nos MCA a emprestar o corpo aos produtores, onde se faz passar por uma miuda de 17 anos que é tão vazia como... qualquer coisa realmente vazia (desculpem, com esta do "vazio" aqui e "vazio" ali lixei-me e não me lembro de melhor). Mas são elas que fazem os Morangos com Açúcar continuar, pois o target market são gajos de 18 anos (hormonas ambulantes). Façam os cálculos. Por outro lado, a produção não tem que se preocupar com o lado feminino porque, afinal de contas, as mulheres estão geneticamente preparadas a ver telenovelas.
Cena típica do MCA (Tozé, um rapaz de 17 anos, cabelo puxado para a frente, que faz surf e é homossexual, embora já tenha namorado com a Ana e com a Maria... Entra a Cátia)
Cátia - tipo, o que é que estás aqui a fazer... Tozé?
Tozé - Olá... Cátia. Estou aqui porque sim, porque não posso estar ali.
Cátia (ri-se e despe-se) - és tão parvo. Olha, já que gostas de homens, vou-me despir à tua frente, tipo ok?
Tozé - Pode ser. Mas tenho que te avisar que o Cajó e o Luís andam à procura da Vanessa para lhe darem as cenas do Pedro.
Cátia (veste-se rapidamente) - eh pá... isso é que...não, Tozé. Temos que os parar antes que seja tarde de... mais.
(fade-out, a imagem muda para mais uma gaja boa num bar só para pessoas bonitas, entra uma música rock-pop foleira tipo Sheryl Crow) De certa forma invejo este pessoal, na idade deles não ganhava rios de dinheiro por ter uma banda gay e cantar música de pitas (DZRT rulam, wEeE. AdOwU VuS MuiTuh). Para mais informações, ouvir Jaimão. E sim, eu tenho consciência que é cliché acusar os DZRT de serem homossexuais mas, foda-se... já os viram bem?
O segundo programa é o CSI. Irrita-me profundamente. E o facto de toda a gente gostar ainda me irrita mais, porque o CSI não traz absolutamente NADA de novo a milhares de séries americanas. Aliás, os americanos sofrem da "Trilogia da TV", que é o que chamo ao grupo de programas que são TODOS iguais. São os três os médicos, onde há sempre pessoas a entrarem no hospital de maca agarradas ao peito, médicos a chorarem e outros a comerem-se nos quartos; os advogados, normalmente uma companhia de advogados que sofre de problemas internos porque a melhor advogada que eles têm é uma ninfomaníaca e vive com um cacto enfiado no esfíncter e claro, os polícias. Estes sim, já foram moídos, remoídos, mastigados e deitados fora. O CSI é exemplo disso. Aqui vai um exemplo: um gajo foi encontrado enforcado num semáforo. Chega a equipa. O primeiro saca do cotonete e enfia-o no seu próprio rabo. Dá um guincho. "Hum. Pela acústica deste local eu diria que passou um carro por aqui há 20 minutos. Era um Chevrolet. Rápido, tu, preto de olhos claros que está sempre com cara de quem quer ir cagar, telefona para o armazém na zona mais degradada da cidade e avisa-os que vamos para lá para a cena final de tiroteio".
Bem, acho que já me estiquei o suficiente.
Mesmo assim, poderia recorrer à "desculpa do escritor". Não tenho inspiração. Estou com uma branca. Pessoalmente, acho fantástico dar-se esta prioridade aos escritores, são a única profissão que pode usufruir de um "desculpe, hoje não, não tenho inspiração". Imaginemos um médico com um doente a morrer à frente dele e ele "desculpem, não posso operar, estou sem inspiração". Mas afinal, o que é um gajo saber escrever? Mais tarde ou mais cedo, vai ter um branca, um bloqueio, uma "falta de inspiração". Conclusivamente, o dom de escrever é ocasional, uma pessoa é incapaz de controlar o seu dom. Os escritores são tipo X-Men, todos com poderes esquisitos e dificilmente controláveis... Mas não, os outros têm que ter inspiração. Como seria o mundo de hoje se o Newton, em vez de ter tido uma ideia brilhante quando levou com uma maçã na tola, tivesse simplesmente coçado os hermanos e suspirado "Ná. Hoje não dá". Na verdade, estive um pouco a cagar-me para o blog, com frequências e copos não sobra muito tempo para escrever merda.
Sou adepto do vegetanço televisivo, gosto de passar horas a zappar sem ver nada em concreto, só pelo simples prazer do meu cérebro estar quase inactivo e os meus movimentos se limitarem a mover o polegar 1 mlímetro para o lado e 1 milímetro para o outro, enquanto o meu indicador da outra mão escarafuncha a narina apropriada, normalmente a do mesmo lado da mão (mão esquerda, narina esquerda). Quero aproveitar a oportunidade para avisar que anda aí muito boa gente com intrusos nasais. É normal, faz parte do ser humano, mas é ridículo. O borrié retira por completo qualquer seriedade que uma pessoa possa ter. A imagem de um macaco é implacável. Será que os apóstolos teriam seguido Jesus se ele não se tivesse assoado naquela manhã?
JC - Pois será da bondade infinita de Deus meu pai que Barrabás será...
Apóstolo 1 - Ó barbas, desculpa lá interromper, mas espero bem que hoje não haja baile
JC - Meu filho, não percebi o intento da tua...
Apóstolo 2 - Intenta aqui! Vai mas é limpar o cú a urtigas, seu vígaro, se fosses filho de Deus não andavas aí cheio de verdetes no nariz!
(subentenda-se que os apóstolos eram reformados frequentadores da tasca "Na Bifa com o Zé", famosa pelos seus pipis e minis a 30 cêntimos).
Ou o Hitler, a fazer um dos seus acesos discursos, prestes a movimentar massas para a destruição, como seria se alguém lhe tivesse dito do público "MAKAKEN IN DAS NASEN! HAR HAR HAR!"
Bem, voltando à televisão, há 2 programas que eu acho que deviam ser removidos por completo da minha vida, que eu adorava que não existissem e seria muito mais feliz sem eles; o primeiro, claro, é os Morangos com Açúcar.... Ok, por onde hei-de começar? Pelos péssimos actores? Pelos maus exemplos que oferecem ao público alvo? Por embrutecer por completo o cérebro com histórias surreais de telenovela? Não. Pelas gajas. A actriz-tipo do MCA tem 25 anos, acabou o 12º ano e foi para o conservatório, onde foi expulsa por assédio. Mais tarde, ela consegue trabalhar nos MCA a emprestar o corpo aos produtores, onde se faz passar por uma miuda de 17 anos que é tão vazia como... qualquer coisa realmente vazia (desculpem, com esta do "vazio" aqui e "vazio" ali lixei-me e não me lembro de melhor). Mas são elas que fazem os Morangos com Açúcar continuar, pois o target market são gajos de 18 anos (hormonas ambulantes). Façam os cálculos. Por outro lado, a produção não tem que se preocupar com o lado feminino porque, afinal de contas, as mulheres estão geneticamente preparadas a ver telenovelas.
Cena típica do MCA (Tozé, um rapaz de 17 anos, cabelo puxado para a frente, que faz surf e é homossexual, embora já tenha namorado com a Ana e com a Maria... Entra a Cátia)
Cátia - tipo, o que é que estás aqui a fazer... Tozé?
Tozé - Olá... Cátia. Estou aqui porque sim, porque não posso estar ali.
Cátia (ri-se e despe-se) - és tão parvo. Olha, já que gostas de homens, vou-me despir à tua frente, tipo ok?
Tozé - Pode ser. Mas tenho que te avisar que o Cajó e o Luís andam à procura da Vanessa para lhe darem as cenas do Pedro.
Cátia (veste-se rapidamente) - eh pá... isso é que...não, Tozé. Temos que os parar antes que seja tarde de... mais.
(fade-out, a imagem muda para mais uma gaja boa num bar só para pessoas bonitas, entra uma música rock-pop foleira tipo Sheryl Crow) De certa forma invejo este pessoal, na idade deles não ganhava rios de dinheiro por ter uma banda gay e cantar música de pitas (DZRT rulam, wEeE. AdOwU VuS MuiTuh). Para mais informações, ouvir Jaimão. E sim, eu tenho consciência que é cliché acusar os DZRT de serem homossexuais mas, foda-se... já os viram bem?
O segundo programa é o CSI. Irrita-me profundamente. E o facto de toda a gente gostar ainda me irrita mais, porque o CSI não traz absolutamente NADA de novo a milhares de séries americanas. Aliás, os americanos sofrem da "Trilogia da TV", que é o que chamo ao grupo de programas que são TODOS iguais. São os três os médicos, onde há sempre pessoas a entrarem no hospital de maca agarradas ao peito, médicos a chorarem e outros a comerem-se nos quartos; os advogados, normalmente uma companhia de advogados que sofre de problemas internos porque a melhor advogada que eles têm é uma ninfomaníaca e vive com um cacto enfiado no esfíncter e claro, os polícias. Estes sim, já foram moídos, remoídos, mastigados e deitados fora. O CSI é exemplo disso. Aqui vai um exemplo: um gajo foi encontrado enforcado num semáforo. Chega a equipa. O primeiro saca do cotonete e enfia-o no seu próprio rabo. Dá um guincho. "Hum. Pela acústica deste local eu diria que passou um carro por aqui há 20 minutos. Era um Chevrolet. Rápido, tu, preto de olhos claros que está sempre com cara de quem quer ir cagar, telefona para o armazém na zona mais degradada da cidade e avisa-os que vamos para lá para a cena final de tiroteio".
Bem, acho que já me estiquei o suficiente.
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