sexta-feira, abril 23, 2010

dogs of war

e deu-me a inspiração numa destas noites, a ler pura poesia do Seph. Comovido e com alguns gases, inspirei os versos e soltei os meus próprios. Aqui vai

"Requiem Por Uma Rima Forçada Que Só Aparece No Final"

meu pardal meu pardal
minha rosa no canteiro
meu alecrim com cheiro
minha sinfonia de Chopin
meu algarvio com tia alemã

ah pardal pardalano
cantas para mim e para o cigano
melhor que uma cigarra ou um tucano
és o rei da melodia
és o mais famoso pardal da mouraria

mas pardal pardalito
tens um cheiro esquisito
e cantas como o Danny Devito
às vezes apetece-me dar-te porrada
ou amordaçar-te e deixar-te a dentro de um saco na estrada

oh pardal pardalinho
que tanto cantas no teu ninho
qualquer dia vou-te ao focinho
faço-te uma espera à porta do trabalho
com os meus amigos da tasca, o Silva e o Carvalho.

chiça pardal, pardal
meu inutil animal
minha ceifeira de portugal
meu semáforo emocional
meu grande atrasado mental

Minha grafonola desregulada
meu Nel Monteiro de rotação alterada
meu bacalhau sem alho
minha palha mulher do palho
pardal pardaralho
és um chato do caralho.

e um pequeno bónus, também de poesia, mas desta vez importação dos haikus japoneses para a versão portuguesa que se está a cagar para o número de sílabas. Chamo-lhes Haikumi Tuakota

[ cai a neve e
na mesa de cabeceira mais
uma nota de um cliente ]


[ao contrário do difícil de olhar para o sol
a tua mãe
é facil]

[o urso e a lebre
em nada se comparam
à cabra da tua mãe]

[se a tua mãe nevasse
e tivesse nome de estação
chamava-se 5 Euros]

[tal como as folhas perdem cor no Outono,
também a tua mãe
cobra mais na Páscoa]


quarta-feira, abril 14, 2010

ESPARTA!!!

Porque é que algumas pessoas ficam com o síndrome Rei Leónidas quando carregam guarda-chuvas no metro???

domingo, abril 11, 2010

Domingo

Na tradição estival deste blog e a pedido de muitas famílias, aqui regressa uma tradição literária d'O Dia Seguinte.
Enjoy.

Boas novas chegam, toda a gente regozija
A tempestade passou e agora reina a calmaria
Estava a fazer uma mija,
e agora "BOLAS!" com a excitação falhei a merda da pia.

Tinha acordado mesmo há pouco
Ainda estava meio a dormir
Só me apetece dar-te um soco,
Minha puta porque te estás a rir?

Agora mijei as calças todas
e tu estás para aí a gozar,
vou mas é à rua ver como param as modas
Para esse focinho eu não te arrebentar.

Saí todo fodido
Que me olvidei de me mudar
Saí com as calças manchadas
Nao era segredo que acabei de me mijar.

Ao sair porta fora,
Os oculos de sol estava a por
Continuei sem domora
senti de seguida um odor...

Ao descer a calçada reparei
Mas que merda de dia,
Bosta de cão eu pisei
"Ai a cona da minha tia!!"

Numa esplanada decidi sentar-me
Puxo dum cigarro e deixo-o repousar no canto da boca
Tudo isto já estava a irritar-me
Esta gente faz-me saltar a touca!

Tomei o meu café,
A pensar de mim para comigo
Será que sim, será que consigo
Aguentar um cagalhão debaixo do pé?

A certa altura dei por mim a pensar
se o cócó seria de cão
Se de cão não fosse, pobre cú de onde saíu este cagalhão.