quarta-feira, junho 21, 2006

Santo António - O Santo, a Lenda

Nesta época tão festiva para os proles, surge-me em mente partilhar convosco uma pérola da história nacional.

É teoria de minha autoria que Santo António foi o primeiro actor porno a ganhar reputação no mundo cristão.
Porquê esta ideia? Santo Antonio de Lisboa, era também conhecido como o Quebra-Bilhas. Reza a lenda que o nosso santo ia à fonte "brincar" com as raparigas, e que lhes "partia" as bilhas, fazendo o milagre de as restaurar como se nada se tivesse tratado.
Ora para mim, isto não passa dum eufemismo, provavelmente insinuado pelos livros de historia do meu colega Salazar, porque não me venham dizer que "partir" as bilhas e "reconstrui-las" era um milagre meramente do âmbito da Olaria.

Santo Antonio, como qualquer bom portugues, era de certeza um grande putanheiro, e ia a fonte sodomizar jovens, e depois milagrosamente tratava-lhes das hemorroidas com algum unguento... isto de milagre, meus caros, nao tem nada.
Aliás, documentos na minha posse, retirados do arquivo da Torre do Tombo antes do 25/4 comprovam a presença de um afamado actor de "farsas e outraes actuaçõns teatrales, de seo nome Toni, o Quebra-Bilhas, de mui avantajado e volumoso membro", que corria tudo o que eram feiras, romarias e mercados fazendo os seus "milagres"!

Assim ficam a saber, e em nome do nosso Toni, dia 13 de junho (e porque nao noutros dias), façam como o nosso santo sodomita, e vão por essa lisboa fora partir as bilhas às raparigas!

Heil.

domingo, junho 11, 2006

Diário de um Ditador

Hoje foi um dia como qualquer outro. Ser acordado pelo quinteto de cordas de Viena enquanto que me servem o pequeno almoço numa travessa de prata. É bom ver o sol matinal a bater nos caravaggios, e saber que aquela merda nao dura mais do 50 anos por causa disso (mas tambem, pouco me importa, daqui a 50 anos ja ca nao estou...).
Banho matinal, seguido de massagem e um pouco de tiro-ao-pato-bravo (soltam-se os ultimos devedores do fisco pelo jardim, e a piada reside em enfiar um zagalote em cada nadega antes de cairem ao poço dos crocodilos).
Depois os negocios de estado, almoço com o jardineiro enquanto sou servido pelos meus ministros (não há nada mais divertido que ouvir cavaladas à mesa e ser servido por cavalos).
À tarde não faço um cu, actividade essa que se prolonga ate a hora de jantar. Sou um amante da variedade, portanto faço questao de que em cada refeição me sirvam algo unico. Vou ja na minha 46578ª extinção, e francamente, tive pena de ter comido o Lince Ibérico estufado com arroz, em vez de grelhado com batata frita e molho roquefort, mas enfim, a dieta tem destas coisas...
Depois um digestivo à lareira (se for verão liga-se o ar condicionado, para compensar a lareira acesa), e jogo as cartas, o truque é jogar sueca com o Cavaco, e ter como oponentes o Paulo Portas e o Socrates. enquanto os dois panascas se comem com os olhos, eu ponho o cavaquinho a tocar como quero, e limpamos sempre o jogo.
Não há coisa mais deprimente que um socialista a chorar quando perde, mas depois deixo-o ir brincar com o portas e fica logo mais contente.
Enfim, gerir um pais como portugal é algo pacato, se soubesse disto antes nunca tinha passado pela alemanha...

Gutten Nacht!

quarta-feira, junho 07, 2006

the smoke of her burning

Primeiramente, quero congratular o Oneiros pelo 100º post d'O Dia Seguinte, suponho que ele não tenha reparado. Bem, o tédio também me atinge grandiosamente, mas hoje não é o tédio que me preocupa; hoje acordei e a primeira palavra que me surgiu foi "foda-se". Ora, quando um dia começa assim, NÃO é bom sinal. seria bom sinal se começasse com "bom dia equipa sueca de ginástica". Não foi o caso desta vez. Ora, este "foda-se" acabou por guiar um pouco o meu início de dia, pois passei a manhã inteira a considerar várias formas de me alienar da razão do "foda-se" e do verdadeiro sentido do "foda-se" em si.
Para muita gente, "foda-se" não passa de uma ordinarice, uma asneirola. Para mim é mais que isso, é um estado de espírito, um Nirvana, uma Iluminação. O "foda-se" faz-me sentir o quarto pastor que viu Fátima, aquele que estava atrás de um arbusto a mijar e começou a ouvir "milagre! milagre!". O coitado não teve tempo de fechar a braguilha e acabou por não ver aparição nenhuma. Hoje, sou o pastor, o meu rebanho é o "foda-se" e vocês todos são idiotas por gastarem tempo a ler o que escrevo.
O "foda-se" é Deus no seu puro estado vingativo, é o Dia do Julgamento numa só palavra. "Foda-se" é o céu e a terra, é a lágrima nas criancinhas, é o paneleiro do Parque Eduardo VII, é a velha naftalinosa da paragem do autocarro. O "foda-se" está em todos nós. Quando D. Afonso Henriques descobriu que a tia se chamava Urraca, saiu-lhe um gordo "foda-se!" pela boca. Quando os portugueses chegaram ao Brasil aquando os Descobrimentos, ouviu-se um colectivo "foda-se" dos nativos. Hoje em dia, quando os brasileiros cá chegaram, retribuimos alegremente com outro "foda-se". É mais que uma palavra, é o limbo entre o Inferno e o Céu, é o Universo, é a flatulência de um taxista numa viagem de 1 hora. Hoje acordei... e "foda-se"


P.S. Eu chamei-vos idiotas, só para se lembrarem.