quarta-feira, outubro 18, 2006

Sumo de Pacote

se pensarmos bem, é um conceito realmente nojento.

terça-feira, agosto 08, 2006

A Semelhança entre nós os Dois é que Somos Diferentes

Estava um dia calmo e pacato, as árvores dançavam calmamente ao sabor de um ameno vento de Verão, enquanto ouviam o monótono e belo chilrear dos pássaros e a sua triste cantiga secular, que repetem pela cidade desde a sua criação, como se dissessem "foda-se, a puta da árvore tem farpas para caralho". Os casais passeavam pelo jardim lentamente, num andar vagaroso a celebrar o calor que lhes invadia o corpo, enquanto um cão era violado atrás de um arbusto por um polícia que perdeu uma aposta com os amigos. Os uivos percorriam o parque e espalhavam-se pelo ar, brindando os transeuntes com uma esquisita sensação de "deviamos sair daqui". Do outro lado do parque uns velhotes jogavam dominó, até ao momento da passagem de uma rapariga de mini-saia. A voz do Sr. Américo logo se ergueu e, no altar da sua virilidade, fazendo de conta que pode, de facto, ter uma erecção, exclamou aos sete mares "se fosses um bacalhau, eu... eu... fazia-te! Qualquer coisa... ah, merda do alzheimer...".
As crianças balouçavam no baloiço, enquanto o baloiço balouçava ao balanço do... (desculpem, na minha cabeça isto parecia ter piada, assim visto nem por isso). Ao lado das criancinhas Amílcar retirou a seringa da veia e soltou um suspiro de prazer. As velhotas tricotavam as suas inutilidades que vão oferecer aos seus 132 netos, enquanto discutiam qual delas cheirava mais a naftalina. A Sra. Armário de Roupa ganhou. A menina Violeta passeou-se pelo jardim, à espera que um carro parasse e a abordasse para discutirem preços. Lá ao longe, num quarto escuro, de paredes manchadas pela humidade, chão pegajoso de um muco nojento qualquer, uma figura a um canto, curvada, olhar demoníaco, roupas rasgadas da loucura. um homem planeava 30 maneiras diferentes de ir apanhar nespras com uma palhinha. O cão parou os uivos, acendeu um cigarro e disse "20 euros". O Agente lá lhe pagou e virou as costas. No meio da imensidão de gente, entre este caos estático, num dia calmo e pacato, onde as árvores já não dançavam tanto, mas faziam a coreografia da Macarena, ouviu-se uma voz cansada a gritar. Era o Sr. Américo, feliz da sua descoberta. O grito propagou-se pelo parque, ouvindo-se em todos os cantos e recantos "comia-te o rabo! Lembrei-me!"

sábado, julho 29, 2006

A New Morning Dawns

E é verdade, são 6 da manhã. Três dos vossos venerados Contributors estiveram na farra, e como seria de esperar desde singular blog, nada de produtivo surgiu.
Uma noite em que os vodkas se sucederam aos comentários grosseiros sobre uma senhora cuja cintura se assemelha estranhamente ao novo prototipo de pneu de camião TIR da Michellin foi tudo o que emergiu.
Quanto a mim, este vosso humilde autocrata, sinto-me invadido por uma euforica vontade de saudar o mundo e dizer: "BOM DIA!" e neste meu grito do Ipiranga acordar as massas dormentes que aproveitam as suas ultimas horas de sono profundo. E porquê? Porque estamos quase em agosto, porque as noites voltam a aquecer em lisboa, e com elas surge um espirito animista de positivismo e euforia! Porque embora as nossas vidas sejam esmagadas por exigencias sociais de mau gosto, e a maioria de nos está destinada a um amargo lugar no desemprego ou em cargos menores em empresas de fast-food duvidosas, a manhã que rompe quando vimos de uma noite de total distanciamento do angst rotineiro nos indica que há algo (diminuto) para alem dos nosso restritos objectivos de vida.
Portanto, perguntem-se a vós mesmos: "À quanto tempo não ficam acordados para ver um nascer dum novo dia?"
Pensem, recordem-se, e façam como nós: ignorem o mundo, e apliquem-se num profundo acto de auto-indulgência. Se a vossa productividade não subir uns quantos %, ao menos trocaram os vossos ciclos circadianos, e quebraram a vossa miseravel vida rotineira!

São 6:19, o sol ja se insinua no horizonte, e eu, na minha triste vida expectante, sinto que deuses ficticios me iluminam com esses raios sublimes... por 47 minutos, fui o imperador do Mundo.

quarta-feira, junho 21, 2006

Santo António - O Santo, a Lenda

Nesta época tão festiva para os proles, surge-me em mente partilhar convosco uma pérola da história nacional.

É teoria de minha autoria que Santo António foi o primeiro actor porno a ganhar reputação no mundo cristão.
Porquê esta ideia? Santo Antonio de Lisboa, era também conhecido como o Quebra-Bilhas. Reza a lenda que o nosso santo ia à fonte "brincar" com as raparigas, e que lhes "partia" as bilhas, fazendo o milagre de as restaurar como se nada se tivesse tratado.
Ora para mim, isto não passa dum eufemismo, provavelmente insinuado pelos livros de historia do meu colega Salazar, porque não me venham dizer que "partir" as bilhas e "reconstrui-las" era um milagre meramente do âmbito da Olaria.

Santo Antonio, como qualquer bom portugues, era de certeza um grande putanheiro, e ia a fonte sodomizar jovens, e depois milagrosamente tratava-lhes das hemorroidas com algum unguento... isto de milagre, meus caros, nao tem nada.
Aliás, documentos na minha posse, retirados do arquivo da Torre do Tombo antes do 25/4 comprovam a presença de um afamado actor de "farsas e outraes actuaçõns teatrales, de seo nome Toni, o Quebra-Bilhas, de mui avantajado e volumoso membro", que corria tudo o que eram feiras, romarias e mercados fazendo os seus "milagres"!

Assim ficam a saber, e em nome do nosso Toni, dia 13 de junho (e porque nao noutros dias), façam como o nosso santo sodomita, e vão por essa lisboa fora partir as bilhas às raparigas!

Heil.

domingo, junho 11, 2006

Diário de um Ditador

Hoje foi um dia como qualquer outro. Ser acordado pelo quinteto de cordas de Viena enquanto que me servem o pequeno almoço numa travessa de prata. É bom ver o sol matinal a bater nos caravaggios, e saber que aquela merda nao dura mais do 50 anos por causa disso (mas tambem, pouco me importa, daqui a 50 anos ja ca nao estou...).
Banho matinal, seguido de massagem e um pouco de tiro-ao-pato-bravo (soltam-se os ultimos devedores do fisco pelo jardim, e a piada reside em enfiar um zagalote em cada nadega antes de cairem ao poço dos crocodilos).
Depois os negocios de estado, almoço com o jardineiro enquanto sou servido pelos meus ministros (não há nada mais divertido que ouvir cavaladas à mesa e ser servido por cavalos).
À tarde não faço um cu, actividade essa que se prolonga ate a hora de jantar. Sou um amante da variedade, portanto faço questao de que em cada refeição me sirvam algo unico. Vou ja na minha 46578ª extinção, e francamente, tive pena de ter comido o Lince Ibérico estufado com arroz, em vez de grelhado com batata frita e molho roquefort, mas enfim, a dieta tem destas coisas...
Depois um digestivo à lareira (se for verão liga-se o ar condicionado, para compensar a lareira acesa), e jogo as cartas, o truque é jogar sueca com o Cavaco, e ter como oponentes o Paulo Portas e o Socrates. enquanto os dois panascas se comem com os olhos, eu ponho o cavaquinho a tocar como quero, e limpamos sempre o jogo.
Não há coisa mais deprimente que um socialista a chorar quando perde, mas depois deixo-o ir brincar com o portas e fica logo mais contente.
Enfim, gerir um pais como portugal é algo pacato, se soubesse disto antes nunca tinha passado pela alemanha...

Gutten Nacht!

quarta-feira, junho 07, 2006

the smoke of her burning

Primeiramente, quero congratular o Oneiros pelo 100º post d'O Dia Seguinte, suponho que ele não tenha reparado. Bem, o tédio também me atinge grandiosamente, mas hoje não é o tédio que me preocupa; hoje acordei e a primeira palavra que me surgiu foi "foda-se". Ora, quando um dia começa assim, NÃO é bom sinal. seria bom sinal se começasse com "bom dia equipa sueca de ginástica". Não foi o caso desta vez. Ora, este "foda-se" acabou por guiar um pouco o meu início de dia, pois passei a manhã inteira a considerar várias formas de me alienar da razão do "foda-se" e do verdadeiro sentido do "foda-se" em si.
Para muita gente, "foda-se" não passa de uma ordinarice, uma asneirola. Para mim é mais que isso, é um estado de espírito, um Nirvana, uma Iluminação. O "foda-se" faz-me sentir o quarto pastor que viu Fátima, aquele que estava atrás de um arbusto a mijar e começou a ouvir "milagre! milagre!". O coitado não teve tempo de fechar a braguilha e acabou por não ver aparição nenhuma. Hoje, sou o pastor, o meu rebanho é o "foda-se" e vocês todos são idiotas por gastarem tempo a ler o que escrevo.
O "foda-se" é Deus no seu puro estado vingativo, é o Dia do Julgamento numa só palavra. "Foda-se" é o céu e a terra, é a lágrima nas criancinhas, é o paneleiro do Parque Eduardo VII, é a velha naftalinosa da paragem do autocarro. O "foda-se" está em todos nós. Quando D. Afonso Henriques descobriu que a tia se chamava Urraca, saiu-lhe um gordo "foda-se!" pela boca. Quando os portugueses chegaram ao Brasil aquando os Descobrimentos, ouviu-se um colectivo "foda-se" dos nativos. Hoje em dia, quando os brasileiros cá chegaram, retribuimos alegremente com outro "foda-se". É mais que uma palavra, é o limbo entre o Inferno e o Céu, é o Universo, é a flatulência de um taxista numa viagem de 1 hora. Hoje acordei... e "foda-se"


P.S. Eu chamei-vos idiotas, só para se lembrarem.

segunda-feira, maio 22, 2006

Once they said "Necessity is the mother of creativity!", today I say "Boredom is the mother os creativity!"

Sim, estou de volta. Não, não morri... ainda. Sim, estou aborrecido. Sim, são vocês que (mais uma vez) vão ter de me aturar o tédio. Prontos? Eu também não!

Em primeiro lugar, o porquê de tão longa mora na criação de mais uma das minhas tiradas pseudo-humorísticas em que me limito a humilhar-vos de forma a que se riam disso mesmo, escritos com o único e exclusivo objectivo de contribuir para o meu deleite pessoal, através da criação de uma ilusão de superioridade auto-consciente na minha psiquê (sim, eu sei que sou louco e que vocês não poderão jamais compreender tanta verborreia junta... só lêem porque querem!).
Adiante! O motivo de tão longa mora como ia a dizer, prendeu-se com o facto de súbitas e inesperadas alterações na minha rotina diária que levaram a com que o meu tempo lúdico ficasse severamente limitado, e a minha paciência lírica reduzida a zero. Nomeadamente, comecei a trabalhar... pelo menos é o que dizem que eu estou a fazer... cá para mim estou a passar os dias a dizer asneiras, e a manipular mente pueris a um ritmo que me deixa pouco mais em que pensar no resto do dia. Não vou revelar exatamente aquilo em que iniciei actividade. Quem sabe, sabe! Quem não sabe também não interessa!
Para mais e como aditivo e incentivo à falta de vontade de escrever novas alarvidades, iniciei também um processo de transferência de coordenadas geo-imobiliárias do locus residêncial da unidade de base carbónica que uso para me deslocar no vosso mortal plano. Para quem não percebeu, estou a mudar de casa seus génios!!!
Estes dois factores, quando combinados com a falta de inspiração contínua e uma ligação à net que leva "só" 20 minutos a ligar e estabilizar, contribuiram para que não fossem brindados com as minhas pérolas bloguísticas todos estes meses. Hoje como arranjei 5 horas para matar na faculdade...

Espera! Não, não arranjei... o "hoje" a que me referia era o dia 24 de Abril e hoje estamos no saudoso 22 de Maio... só levei quase um mês a retomar a escrita... já nem sei do que queria escrever, mas o título mantêm-se e continuo a usar os interfaces real-virtual do locus estudantil de que usufruo (leia-se: continuo sem net em casa e por isso vejo-me forçado a usar os computadores da universidade, na única vez por semana a que a ela me desloco para consultar mails e me dignar a perlar-vos com as minhas palavras).

Espera aí... estive a ler os posts dos meus confrades e... o "Dino" morreu??? Quando é que foi isso??? E já agora, quem era o "Dino"? Não deve ser relevante para o meu equilíbrio sanidade/felicidade, por isso esqueçam...

Adiante... Isto de só se usar a net uma vez por semana tem que se lhe diga meus "caros" (shya right!) leitores. Nomeadamente a minha caixa de mail que normalmente nunca passava dos 5 ou 6 mails para ler (após apagar incerimoniosamente (acho que inventei uma palavra) todo e qualquer spam (incluindo flame-mail dos meus irados críticos... bah! Sabem lá o que é arte), está agora com cerca de 150 mails por ler (já contando com os 300 e tal spams que apaguei). Devem tar cá com uma sorte que nem água bebem se pensam que vou ler tudo aquilo!! E a seguir vou ler o quê? As páginas amarelas? Talvez o Dicionário! Por isso se algum de vocês energúmenos me enviou algum mail importante no último mês, é favor enviar de novo... ah! É verdade, vocês não têm o meu mail! Então não interessa... e por falar em mails... SABEM QUE EXISTE UM MAIL D' O DIA SEGUINTE PARA UM MOTIVO!?!?!? Contava eu usar os vossos mails como temáticas para ínumeros e frutíferos posts, e niente... tirando um ou dois ocasionais e desinteressantes, ninguém parece querer ser esquartejado verbalmente pelas víperinas e afiadas línguas mal-dizentes dos 4 maravilhosos e bombásticos assassinos do portugês (língua e homem), e charmosos e sedutores da portuguesa (língua e mulher)... e que imagem de homens, mulheres e línguas criei eu na minha cabeça... Desculpem-me 5 minutos enquanto vou lavar o cérebro com lixívia... aproveitem para enviar mails para odiaseguinte@yahoo.com (agora já não têm desculpa)...

Cá estou eu de volta com o cérebro mais arejado... ou talvez seja a cabeça que tenha ficado mais arejada agora que o cérebro foi dissolvido pela lixívia... não sei, decidam vocês...

Anyways, continuo entediado, e sem ideias para um post... alguma sugestão? Podem enviar para odiaseguinte@yahoo.com não se esqueçam... e porque diabos não consigo aceder aos webmails do yahoo neste momento???

Enfim, em boa da verdade nem sei porque criei o mail, até os meus colegas o ignoram terminantemente... uma pessoa tenta criar uma forma de interactividade e é ignorada desta forma... aposto que se fosse um saco de box com as nossas caras, todos queriam experimentar... hmmmm... se cobrasse um euro por soco ainda ficava rico... tenho de anotar isto no meu "stupid bored ideias book", juntamente com a ideia de criar uma máquina para produzir um sucedâneo da salsa apartir de cotão (obrigado pelos direito de autor Scott Adams) ou a ideia de inventar uns ténis com rodinhas nas solas... epera esta roubaram-ma recentemente... bem... é o que dá ter a ideia aos 7 anos e nunca mais pensar nisso... estaria rico agora... estou obcecado com a ideia de ficar rico... e com ideias... será para ter a abébia de me livrar do trabalho? Deve ser isso...

Bem, cheguei ao ponto em que estão entediado em que já nem para divagar alegremente, deixando os meus dedos dançar por vontade própria sobre o teclado, tenho vontade de fazer... e para que o post não fique mais um mês em draft, aqui vai ele... divirtam-se... ou como reza o nosso subtítulo: "ou então não..."

quarta-feira, abril 26, 2006

Albert Frankenstein... o grande pensador.

Enquanto matutava nos possíveis temas para um eventual post que poderia escrever neste belo espaço de diversidade socio-cultural, dei por mim a ter pensamentos indecentes após ver uma fotografia da Angelina Jolie grávida... será errado? Quer dizer, serei condenado a arder no inferno e a sofrer uma eternidade de flagelações e torturas por admitir que sim senhor eu AINDA brincava ao "Seabiscuit" com aquilo? Enfim, deixo isso ao critério de cada um.
O que é certo é que eu não consigo dormir e como vocês devem saber, principalmente os que se dão ao trabalho de ler assiduamente este blog, é a madrugada que mais frequentemente estimula a criatividade para que dos nossos dedos quais tocadores de cravo no século XVII vos brindem com as habituais verborreias e alarvidades... isso e uma boa ressaca depois de uma boa noite a enjorcar cerveja e mijar nos ténis alheios... mas isso já é outra história. Mas como eu estava a dizer, não consigo dormir e tendo em conta que estamos em feriado e supostamente as pessoas que têm vida vão trabalhar amanhã, salvo raras excepções como por exemplo os deputados, o problema torna-se ainda mais grave... Não por ter de me levantar cedo amanhã mas sim pela quantidade de porcaria que a insonia nos obriga a ver, por exemplo lá consegui apanhar o Fantasma da Ópera na tv; meus amigos eu continuo sem perceber qual é o objectivo de um musical, sim eu sei que os cenários são bonitos e tal mas há simplesmente qualquer coisa no facto de de um momento para o outro uma cambada de anormais começar a cantar no meio da rua ou numa gruta cheia de velas que não se compatibiliza muito bem na minha maneira de encarar o cinema, se calhar estou errado mas de qualquer forma cotinuo a achar que é uma estupidez pegada.
Já agora... ó Senhor Blogger, faça-me um favor e deixe lá de mandar e-mails ao Licantrope a pedir para lhe mostrar o barril e o fio dental, eu sei que o rapaz é mente aberta e simpático e tal mas aqui não há rabilós; se quiser mandar e-mails mande alguns com uma newsletter dos melhores sites porno ou qualquer coisa do género ao rapaz.
Tenho dito...

terça-feira, abril 25, 2006

Avenida Duque de Lol

Não gosto muito de escrever sobre a dita "actualidade", gosto que os meus posts sejam intemporais e não associados a uma determinada altura, mas estou deveras fodido com esta merda toda em torno da morte do "Dino". Ora, primeiro que tudo, tem que se admitir que era um mau actor, não fizesse parte do elenco do Morangos com Açúcar. Mas agora que ele está morto, dezenas são as revistas que têm títulos como "jovem promissor falece" ou "actor em ascensão". Mas isto é a minha opinião. Agora, a TVI teve 65% de audiências aquando a transmissão do funeral dele, o que já por si é uma idiotice filmarem em directo o cortejo fúnebre. Depois, a Sic e a RTP tiveram que pagar direitos de autor para poderem transmitir a imagem do dito falecido. Isto foi, para mim, um expoente na exploração do sentimentalismo. Houve uma afluência de centenas de pessoas ao funeral... amigas combinaram com amigas para irem ver e, o mais macabro de tudo, tocarem no corpo. Acho que foi uma atrasadice mental da parte dos pais permitirem que as filhas de 12, 13 14 anos tivessem o que foi provavelmente o primeiro contacto com a morte deste modo. Vou copiar uma frase que tirei do site d' O Correio da Manhã: "sempre te achei um bom rapaz kom o futuro por a frente mas nm tudo o ke keremos é realizado o teu assidente deve ter sido mexmo mal mas para te alegrar ai no ceu um amigo teu ke ia no carro akabou de ter alta agora xxxxaaaaoooo" ... oh que caralho, estas merdas irritam-me, exploraram por completo o actor mediocre e fizeram dele um herói. A família deixou que tal sucedesse, permitindo a transmissão do funeral. Os pais e mães das miudinhas deviam tê-las trancadas em casa, é ridículo fazerem do funeral e da morte do gajo um espetáculo, um "reality show", como já disseram. Sei que isto é dar importância demais a um acontecimento televisivo, mas é impossível fugir dos media, seja na televisão, rádio, capas de revista.
O puto era mau actor e conseguiram fazer dele um mártir. Nem o Álvaro "Sobrancelhas" Cunhal teve tanta cobertura e, embora também não gostasse dele, acho que foi muito mais importante em variados níveis do que um badameco imberbe. Digo eu, não sei. Espero que o José Eduardo Moniz tenha um resto de vida doloroso e não consiga dormir à noite. Não basta a mulher dele ser a Manuela Moura Guedes. Sabem aquele monstro debaixo da cama que todos os miúdos têm medo? É ela. Este bicho televisivo já me trouxe muitos vómitos, é provavelmente a mulher que consegue ser mais feia que qualquer homem e mais irritante que os livros do Saramago. Aliás, tenho as minhas dúvidas quanto ao facto da MMG ser uma mulher, porque é uma quebra no meu processo mental de considerar as mulheres seres belos e esculturais. A minha conclusão é que o Moniz é rabeta porque está casado com um homem. Por hoje é tudo. É 25 de Abril e estou triste, já são anos em excesso de uma revolução inútil que deixou o país numa queda livre de atrasados mentais no poder e democracia popularucha barata em que ganha quem as velhinhas gostam mais. Hoje acordei fodido.

sexta-feira, março 31, 2006

I can see what you see not, vision milky then eyes rot, when you turn they will be gone, whispering their hidden song.

Limpar ervilhas uma a uma com um cotonete ou cortar as unhas com um lança-chamas? A questão
que hoje me questiona (isto de escrever posts sem ter tomado café tem resultados macabros) é apenas esta: se o Tio Patinhas era o pato mais rico de Patópolis, como é que ele não pagou a um assassino para matar os Metralhas... ou para matar o Donald e os seus sobrinhos irritantes? E crucificar o Mickey? E apedrejar o pateta? Acho que deviam fazer uma longa metragem chamada "Uncle Scrooge: The Rampage"... seria um sucesso. Outro livro que deviam editar é o "Guia do Estudante: Escreves Mal Mas Como Ainda Estás Na Faculdade Tens Desculpa Para Isso e és Capaz De Ser o Novo José Luís Peixoto".

domingo, março 19, 2006

Christmas Card From a Hooker in Minneapolis

Não, o Dia Seguinte não acabou. Não irá acabar... nunca. Simplesmente tivemos problemas com a nossa editora; ora, há uns meses atrás, interessaram-se por nós, dizendo coisas bonitas como "terão muita fama e dinheiro", "têm uma excelente capacidade crítica" e a que eu mais gostei, "essas calças ficam-te muito bem". Até aí, excelente. Burocracias, reuniões até às altas horas da manhã, discussões acesas sobre o Prince e o porquê da existência do mesmo... até que conseguimos. Estava tudo a correr bem... até à reunião final com o publicador. Era altura de fazer exigências, de pedirmos, enquanto escritores d'O Dia Seguinte, o que desejávamos realmente. As minhas pernas tremiam e a roupa interior estava mal colocada. O Oneiros foi o primeiro. Tudo o que ele pediu foi um Cuba Libre... silêncio e escuridão. Depois foi o Stormson, que pediu um free-pass vitalício para um grupo de terapia de GMTA (Gajos que Mijam os Ténis Alheios). O licantrope tinha-se perdido em sua casa à procura de roupa interior, acabou por não poder aparecer. Por último, era eu. Estava nervoso, sabia que o meu pedido era arrojado e perigoso. Olhei as caras na reunião, inspirei lenta e calmamente, e proferi "um corta-unhas". Os segundos seguintes foram de choque, admiração, flatulência. o editor ergueu-se tal trovão numa trovoada, tal gigante acordado, tal pepino amadurecido e vociferou"nunca! Antes a morte!". As vozes aumentaram na confusão. Mangas foram arregaçadas, em braços prontos para violência. Café foi entornado por cima da mesa, cobrindo a papelada já preenchida. Voltei a repetir "um corta-unhas! Ou acabamos aqui o contrato!". Um dos representantes da editora abriu a janela do 8º andar, empoleirou-se e saltou, gritando pelo caminho "nunca me irão apanhar com os diamantes!". Virei as costas, juntamente com os outros membros d'O Dia Seguinte, e caminhámos de cabeça erguida. Ao abrirmos a porta, estava lá o Licantrope com um barril à volta dele "desculpem o atraso, não encontrei o meu fio dental". E assim foi o que aconteceu.
Mesmo assim, poderia recorrer à "desculpa do escritor". Não tenho inspiração. Estou com uma branca. Pessoalmente, acho fantástico dar-se esta prioridade aos escritores, são a única profissão que pode usufruir de um "desculpe, hoje não, não tenho inspiração". Imaginemos um médico com um doente a morrer à frente dele e ele "desculpem, não posso operar, estou sem inspiração". Mas afinal, o que é um gajo saber escrever? Mais tarde ou mais cedo, vai ter um branca, um bloqueio, uma "falta de inspiração". Conclusivamente, o dom de escrever é ocasional, uma pessoa é incapaz de controlar o seu dom. Os escritores são tipo X-Men, todos com poderes esquisitos e dificilmente controláveis... Mas não, os outros têm que ter inspiração. Como seria o mundo de hoje se o Newton, em vez de ter tido uma ideia brilhante quando levou com uma maçã na tola, tivesse simplesmente coçado os hermanos e suspirado "Ná. Hoje não dá". Na verdade, estive um pouco a cagar-me para o blog, com frequências e copos não sobra muito tempo para escrever merda.
Sou adepto do vegetanço televisivo, gosto de passar horas a zappar sem ver nada em concreto, só pelo simples prazer do meu cérebro estar quase inactivo e os meus movimentos se limitarem a mover o polegar 1 mlímetro para o lado e 1 milímetro para o outro, enquanto o meu indicador da outra mão escarafuncha a narina apropriada, normalmente a do mesmo lado da mão (mão esquerda, narina esquerda). Quero aproveitar a oportunidade para avisar que anda aí muito boa gente com intrusos nasais. É normal, faz parte do ser humano, mas é ridículo. O borrié retira por completo qualquer seriedade que uma pessoa possa ter. A imagem de um macaco é implacável. Será que os apóstolos teriam seguido Jesus se ele não se tivesse assoado naquela manhã?
JC - Pois será da bondade infinita de Deus meu pai que Barrabás será...
Apóstolo 1 - Ó barbas, desculpa lá interromper, mas espero bem que hoje não haja baile
JC - Meu filho, não percebi o intento da tua...
Apóstolo 2 - Intenta aqui! Vai mas é limpar o cú a urtigas, seu vígaro, se fosses filho de Deus não andavas aí cheio de verdetes no nariz!
(subentenda-se que os apóstolos eram reformados frequentadores da tasca "Na Bifa com o Zé", famosa pelos seus pipis e minis a 30 cêntimos).
Ou o Hitler, a fazer um dos seus acesos discursos, prestes a movimentar massas para a destruição, como seria se alguém lhe tivesse dito do público "MAKAKEN IN DAS NASEN! HAR HAR HAR!"
Bem, voltando à televisão, há 2 programas que eu acho que deviam ser removidos por completo da minha vida, que eu adorava que não existissem e seria muito mais feliz sem eles; o primeiro, claro, é os Morangos com Açúcar.... Ok, por onde hei-de começar? Pelos péssimos actores? Pelos maus exemplos que oferecem ao público alvo? Por embrutecer por completo o cérebro com histórias surreais de telenovela? Não. Pelas gajas. A actriz-tipo do MCA tem 25 anos, acabou o 12º ano e foi para o conservatório, onde foi expulsa por assédio. Mais tarde, ela consegue trabalhar nos MCA a emprestar o corpo aos produtores, onde se faz passar por uma miuda de 17 anos que é tão vazia como... qualquer coisa realmente vazia (desculpem, com esta do "vazio" aqui e "vazio" ali lixei-me e não me lembro de melhor). Mas são elas que fazem os Morangos com Açúcar continuar, pois o target market são gajos de 18 anos (hormonas ambulantes). Façam os cálculos. Por outro lado, a produção não tem que se preocupar com o lado feminino porque, afinal de contas, as mulheres estão geneticamente preparadas a ver telenovelas.
Cena típica do MCA (Tozé, um rapaz de 17 anos, cabelo puxado para a frente, que faz surf e é homossexual, embora já tenha namorado com a Ana e com a Maria... Entra a Cátia)
Cátia - tipo, o que é que estás aqui a fazer... Tozé?
Tozé - Olá... Cátia. Estou aqui porque sim, porque não posso estar ali.
Cátia (ri-se e despe-se) - és tão parvo. Olha, já que gostas de homens, vou-me despir à tua frente, tipo ok?
Tozé - Pode ser. Mas tenho que te avisar que o Cajó e o Luís andam à procura da Vanessa para lhe darem as cenas do Pedro.
Cátia (veste-se rapidamente) - eh pá... isso é que...não, Tozé. Temos que os parar antes que seja tarde de... mais.
(fade-out, a imagem muda para mais uma gaja boa num bar só para pessoas bonitas, entra uma música rock-pop foleira tipo Sheryl Crow) De certa forma invejo este pessoal, na idade deles não ganhava rios de dinheiro por ter uma banda gay e cantar música de pitas (DZRT rulam, wEeE. AdOwU VuS MuiTuh). Para mais informações, ouvir Jaimão. E sim, eu tenho consciência que é cliché acusar os DZRT de serem homossexuais mas, foda-se... já os viram bem?
O segundo programa é o CSI. Irrita-me profundamente. E o facto de toda a gente gostar ainda me irrita mais, porque o CSI não traz absolutamente NADA de novo a milhares de séries americanas. Aliás, os americanos sofrem da "Trilogia da TV", que é o que chamo ao grupo de programas que são TODOS iguais. São os três os médicos, onde há sempre pessoas a entrarem no hospital de maca agarradas ao peito, médicos a chorarem e outros a comerem-se nos quartos; os advogados, normalmente uma companhia de advogados que sofre de problemas internos porque a melhor advogada que eles têm é uma ninfomaníaca e vive com um cacto enfiado no esfíncter e claro, os polícias. Estes sim, já foram moídos, remoídos, mastigados e deitados fora. O CSI é exemplo disso. Aqui vai um exemplo: um gajo foi encontrado enforcado num semáforo. Chega a equipa. O primeiro saca do cotonete e enfia-o no seu próprio rabo. Dá um guincho. "Hum. Pela acústica deste local eu diria que passou um carro por aqui há 20 minutos. Era um Chevrolet. Rápido, tu, preto de olhos claros que está sempre com cara de quem quer ir cagar, telefona para o armazém na zona mais degradada da cidade e avisa-os que vamos para lá para a cena final de tiroteio".
Bem, acho que já me estiquei o suficiente.

domingo, janeiro 01, 2006

Nothing Changes On New Year's Day

Aaaaah! O primeiro dia do ano! Mais um ano que passou.
E eu de ressaca; será que isso quererá dizer algo? Que iniciar este período de 365 dias de ressaca ir-se-á revelar mau agoiro? E se eu estivesse a ajudar velhinhas solitárias a tratarem dos gatos, o ano seria melhor? Duvido muito, e sinceramente, não estou em condições físicas para permitir ao meu cérebro um pensamento assim... Quer-se dizer... a ver vamos (esta parte seguinte do post é de importância diminuta).

Mas, contando que o caro leitor não acredita que o que se faz no primeiro dia do ano terá repercussões nos dias futuros, tendo uma atitude igual num outro dia qualquer irá mudar os dias que se seguem ao mesmo? Isto é, no dia 14 de Junho ajudo uma velhinha a atravessar a estrada, será que me sentirei melhor o resto do ano? E se dia 20 de Junho eu chamo um nome a uma pessoa qualquer por cheirar mal, será que a minha boa acção prévia é anulada por esta nova? Então e se eu dia 25 de Junho eu atropelar a velhinha que ajudei 11 dias atrás? Não estaria a fazer nada de muito errado, porque se não fosse a minha intervenção dia 14 ela poderia estar morta. Com os 11 dias extras de vida que recebeu, pode ter feito algo importante.
No caso de ela, de facto, ter feito algo considerável. É realmente assim tão relevante ela ter inventado o descascador de bananas a energia solar que toca a banda sonora do Gone With the Wind enquanto descasca? Porque, se é algo tão importante, ela nem terá tempo para gozar a sua descoberta, a sua glória e o seu triunfo, pois alguns dias depois ela estará a ser atropelada pelo meu carro. E assim, quando eu for apanhado, serei julgado com atropelamento, fuga, e assassinato de Adelaide, a mulher que inventou o descascador de bananas a energia solar.
Então e se a Adelaide me andasse a querer matar há 4 anos porque eu passei-lhe à frente na fila do supermercado? Não estaria aí a recompensar a maldade com justiça, que por sua vez resulta de um acto de bondade inter-ligado com uma tentativa de assassínio a priorística que poderia ter evitado que eu a ajudasse e, mais tarde, a atropelar-se? Então e se minha porta de casa fosse da mesma cor da parede eu ainda estaria a tentar abri-la? É provável. E se eu pegar numa arrastadeira, pintá-la de preto e dizer que ela vem da Amadora posso chamar-lhe Arrastão? Ou se eu violar uma vassoura e for apanhado posso desculpar-me a dizer que "é tudo em nome das pás"?

A ressaca é um estado fantástico Fernado Pessoa escreveu "Não sei o que faça, não sei o que pense, o frio não passa e o tédio é imenso"; decerto referia-se a uma das suas ressacas de absinto. Ha! "absinto é a bebida dos poetas". Tentem beber um copito de absinto e escrever um poema a seguir. Eu já tentei, e o máximo que consegui foi vestir-me de preto e tirar fotografias a preto e branco de tudo o que via, que mais tarde resultou num site da DeviantArt.
Não, não quero ser fanfarrão "bebi muito, já tenho idade para beber, etc". Aliás, estou deveras arrependido de ter bebido tanto. Hoje teria bebido menos, sou uma pessoa mudada... Sinto a boca seca, o intestino parece um poodle hiperactivo e tenho as veias cerebrais a palpitarem. Para piorar, tenho qualquer coisa no dente e não sei bem como tirá-la. Mas pronto, queria apenas sentir uma estúpida realização pessoal de ser o primeiro a escrever n' O Dia Seguinte este ano, já que é dia 1. Tenho sono. Vou dormir.
L'Horreur... arrêter... crimer... les gens... l'Horreur...