sábado, novembro 05, 2005

Acho que bebi demasiado ontem à noite e hoje acordei e necessito de regurgitar palavras randómicas...

E é isso mesmo que este post vai ser. Ao contrário do que se poderia pensar, não tenho nenhum tema que queira expôr ou falar sobre, não tenho nenhumj evento que me tenha suscitado uma ideia para um post pseudo-engraçado... simplesmente apetece-me regurgitar palavras ao acaso a ver se faz algum sentido e vocês é que vão ter de lidar com isso... eheheh

Vejamos por onde começar?... Já sei, vou abrir o dicionário numa qualquer página, procurar a primeira palavra engraçada que encontrar e decompô-la para o deleite da audiência que são vocês... vejamos, a palavra escolhida é:

morigerado adj. 1 que tem bons costumes; 2 moderado (do lat. morigerãtu-, «dócil», part. pass. de morigerãre, por morigerãri, «condescender»)

Well, fuck me... que raio de palavra sem mais interesse que me foi calhar... como posso fazer piadas inteligentes com uma palavra como esta... morigerado??? A seguir vão dizer o quê? "O Oneiros até escreve bem, mas é pouco morigerado e mostra uma grande falta de deferência para com a integridade física e moral dos seus leitores"? Jeeeeeeezzz... não me podia ter calhado uma palavra com interesse como cona ou caralho, ou mesmo foda... não... tinha de ser morigerado... such is my lot in life, como diria o outro... bem o meu momento all-bran físico chegou e tenho de ir sentar-me no trono... já volto para proseguir com o meu momento all-bran línguistico... e que péssima associação de palavras foi este comentário do momento all-bran línguistico... maldita imagem que me ficou na cabeça a envolver fibras defecadas e línguas... já venho então...

Estou de volta... já sinto a minha tripa mais morigerada... então? Já conseguiram remover das vossas mentes pueris aquela imagem com que vos deixei? Ainda bem que não... eheheheh

Para o diabo com a morigeração, estou absolutamente enfastiado com a palavra e com este post... isto não se revelou tão lúdico como parecia, e culpo-vos a você... são uma péssima audiência. Vou ler... :P

domingo, outubro 23, 2005

Madre 13 de Calcutá

Recentemente, pus-me a pensar, algo deveras raro mas que, admito, é agradável, descobrem-se coisas giras. O tema era simples. Trabalho. Qual será o pior trabalho na nossa sociedade? Até à data, pensava que seria o ginecologista; Ok, o macho gosta muito de ter acesso às partes privadas da mulher, mas pensam o quê? Que só fariam consultas à Equipa Brasileira de Futebol Feminina? Desenganem-se. Nada mais desmotivante do que a Sra. Eulália, de 74 anos, habitante em Odivelas, chegar ao consultório e dizer "Tenho um alto a criar-se lá em baixo, e como não sabia o que era não me lavei nestas últimas 3 semanas" ou até "O que é que eu faço com este líquido castanho? Cheire lá para ver se sabe o que é. Ah desculpe Doutor, sujei-lhe a cara".

Continuando, pensei mais um pouco... já começou a doer. O próximo é ser educador de infância. Acho que o meu inferno pessoal é repleto de criancinhas a chorarem e a pedirem para irem à "casinha" porque se borraram todas. Esta profissão merece todo o meu respeito, seria incapaz de a praticar durante 10 minutos. Aos 15 já estaria a pôr soníferos nos pacotinhos de leite. Nunca estranharam os putos não estarem com aquela electricidade irritante que os caracteriza quando saem do infantário? Pois, é natural, estão sob o efeito de drogas "Então Luisinho, como foi hoje?" "ehehe...a relva cheira a baton...sou o rei lagarto, mãe".

Bem, odiava ser farmacêutico. Eles devem ter uma preparação similar aos actores de teatro; se se riem, lixam tudo. Como é que eles nem esboçam um sorriso com alguns pedidos que as pessoas fazem? "boa tarde, é um tubo de Hemorroidex". Mas eles lá conseguem pôr um ar compreensivo, como se sangrassem dos entrefolhos todos os dias, e gentilmente pedem a receita médica. O farmacêutico é um ser esquisito, superior ao regular humano; o regular humano rir-se-ia na cara do comprador de Hemorroidex, ou diria algo como "sempre pode fazer cabidela e não tem que comprar o sangue". Eles não. Eles subiram um degrau na evolução. Aproveito para introduzir um pequeno tópico de história; os farmacêuticos surgiram em 1941 na Alemanha, quando Hitler queria dar um empurrão à venda de medicação nacional. Para isso eram necessárias pessoas sérias, que não se desmanchassem a rir. Essas pessoas, escolhidas a dedo pelo próprio Fuhrer, eram membros dos mais altos postos hierárquicos da Gestapo. Assim, a 4 de Setembro de 1941, Hitler foi a público e disse "Das Farmaceutiken in das Farmacien venderen das comprimiden e pomaden. Heil". Hoje em dia, os farmacêuticos têm todos uma formação nacional-socialista antes de irem para trás dos balcões. Por isso, se fizerem uma saudação romana a um, ele irá retribuir....

Passando ao último emprego do dia... o que eu acho o pior, o mais degradante, o mais desconfortável. É o homenzinho-da-mota-que-anda-pelos-passeios-a-aspirar-merda. Alguns de nós já o devem ter visto, sempre na sua mota, a andar por aí a aspirar merda nos passeios (bla bla bla). Ora, esses hdmqappaam (para não ter que escrever homenzinho-da-mota-que -anda-pelos-passeios-a-aspirar-merda) são algo de abominável. O objectivo da merda é ser repugnada e enojar os transeuntes. Ora, eles não só a capturam, como a sugam rapidamente para os seus recipientes, e fazem-no várias vezes. E não basta andarem a recolher merda, têm que andar de mota, para dar mais nas vistas. Eles sempre podiam ter um daqueles aspiradores portáteis, chegavam ao pé de uma bosta, fingiam deixar cair uma moeda e, quando se baixavam, aspiravam a dita bosta, levantando-se logo de seguida a assobiar alegremente. Mas não. Andam de mota. Pelos passeios. Para a humilhação ser total, só faltava estarem vestidos de cor-de-rosa. Imaginem a família desses hdmqappaam. "Ahahaha! Vi o teu pai a aspirar merda na rua" "Mentira, já te disse que o meu pai é travesti!" "Ah então pronto, não é tão mau como ser um homenzinho-da-mota-que -anda-pelos-passeios-a-aspirar-merda".
Moral da história: se o emprego implicar entrar em contacto com fezes e coisas dessas, mais vale ir vender couves para o mercado. Embora eu não goste de couves. Bem como grande parte dos vegetais. Há qualquer coisa que me repugna nas verduras. Questiono-me o que se passou na cabeça do gajo que inventou a sopa. "Estou tão entediado, vou meter plantas em água quente e esperar que se transformem numa papa disforme". Nem quero pensar como é que descobriram a maneira correcta de ordenhar as vacas...

quarta-feira, setembro 28, 2005

Tive um aneurisma bloguísico...

É verdade... não sei para onde fugiu aquela fagulha divina que me alimentava a inspiração para blogs tão (des)interessantes a que habituei o infrequente, irregular, escasso MAS existente leitor...
Por esse motivo e até encontrar novas inspirações não coloco/colocarei novas alavirdades pseudo-linguísticas (que já não tenho certeza de usar português ou qualquer outra língua humana neste blog) neste nosso (o escritor politicamente correcto escreveria nosso/vosso, mas sinceramente estou-me a cagar para vocês sanguessugas intelectuais) espaço.
Numa novidade inédita (eu SEI que é um pleonasmo (sim está bem escrito)) hoje adquiri uma nova certeza: realmente não gosto de futebol.

Achei que deviam saber...

(este blog foi realmente interessante em termos de parêntises... acho que nunca tinha usado tantos conjuntos em tão pouco texto...)

sexta-feira, setembro 16, 2005

Whisky e Chocapic

Consegui uma autorização do Sr. Oneiros para escrever um post. Mas, enquanto escrevo, gotas frias de suor passeiam na minha face, com receio de alguma palavra proibida sair. Vou aproveitar o post para um pouco de História da humanidade. No início, não era suposto haver só um deus, "O" deus, mas sim dois. Um deles era Oneiros. Ora, deus, com a sua vontade de divina de começar a criar o ser humano, pôs mãos ao trabalho. Enquanto no primeiro e segundo dia ele criava as montanhas e florestas e essas tretas bonitas, o Oneiros bebia gin numa tasca. No terceiro dia, deus atulhado em trabalho, Oneiros estava de ressaca. Irritado, o ser divino foi falar com Oneiros "Desculpa lá, não quero incomodar a ressaca do Sr. Oneiros, MAS PODIAS LEVANTAR O CU DA CAMA?!". Oneiros virou-se para outro lado e balbuciou "dá-me silêncio e escuridão". Deus passou o terceiro dia deprimido. Ao quarto dia, Oneiros levantou-se com novo ar, um ar refeito. Era ar de quem queria beber minis... que se arrastou até ao sexto dia. Sempre que deus tentava encorajar Oneiros a levantar-se da cama e curar a ressaca, a resposta era sempre "dá-me silêncio e escuridão". Ao sétimo dia, com o mundo já criado, deus proclamou o seu castigo "Tu, infiel da vontade divina, terás o que pediste!" Oneiros olhou, espantado, e retorquiu "putas e vinho verde?". Houve um momento de silêncio "Errr...não... Terás todo o silêncio enquanto sóbrio, pois assim eu digo; e vestir-te-ás sempre de preto, assim eu comando". "Isso é giro, mas..." "MAS NADA! CONDENO-TE AO TEU SILÊNCIO E ESCURIDÃO".
Assim, ao longo dos tempos, Oneiros é um ser divino que representa o silêncio e escuridão; há um ditado, em Swahili, que reza "Marakuté Djimbalalá" que, traduzido para português, significa "Oneiros é aquele que se veste de preto e tem mau feito, por isso é melhor não contar piadas a Oneiros, porque ele tem mau feitio, e veste-se de preto. Não que haja relação, mas são duas coisas distintas, o feitio e a indumentária". Por isso, a ti, Oneiros, te digo: MANOWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR
O post que eu estava a escrever foi momentaneamante interrompido, voltarei a ele mais tarde.


P.S. Jingle Uer, Jingle Uer, Jingle all the Uer

terça-feira, setembro 13, 2005

Once more into the trenches dear friends...

... que é como quem diz: "Puta que pariu mais às putas das férias que terminaram!!!"

Pois é, mais um Verão que se passou... este passei-o de férias à grande para variar, mas isso agora não interessa nada (como dizia essa grande besta da comunicação da Teresa Guilherme).

O que interessa é que no outro dia estava eu a passear no Rossio e veio um ornitorrinco alado, usando um daqueles chapéus de papel das festas de anos dos putos (tenho de arranjar um pra mim), uma t-shirt amarela com um smiley a dizer "Shit Happens!..." e uma pasta de cabedal debaixo do braço e disse-me "Olha lá oh Oneiros! Tu, com todo o respeito que me mereces, vais-me desculpar mas és uma puta finalista!"

Foi aí... foi nesse momento que tive uma epifania! E berrei bem alto a plenos pulmões (alcatroados) "MEUS DEUSES!!! POIS SOU!!!!!". Nesse momento apercebi-me que me faltam uns meses para fazer a pior das mudanças de carreira... vou deixar de ser estudante (profissional)!! Pensei "não pode ser... isto é muito desajustado! Então passa uma pessoa 23 anos a treinar e aprender, para agora que se está a começar a ser um bom estudante, ter de mudar de carreira? Nãããã! Acho que está na altura de mudar de curso outra vez!"

E aí tive outra epifania, esta sim de maior interesse e relevância para o leitor: "Espera... já fiz isso uma vez... se repito a graça, se calhar os poderes vigentes não vão achar tanta piada como da primeira vez... é melhor deixar-me estar como estou..."

E o que é que isto interessa ao leitor? Provavelmente nada, mas como não postava à muito tempo decidi-me por esta pequena posta de pescada, que pode ser que ganhe ânimo para mais uns posts para breve... ou então não...

De qualquer forma como sei lá... 70% dos leitores do blog são pessoas que não sabem quando parar com uma piada, aqui fica a lição de moral que tirei destas epifanias: "Uma piada perde a graça quando repetida, e eventualmente pode ter consequências fatais para o brincalhão", por isso convençam-se: o "MANOWAAAAAAAAARRRRR", o "Uer" e outros que tais NÃO TÊM PIADA!!! Pode ser que um dia acordem com os testículos dentro de um frasco cheio de fermol, na mesinha de cabeceira, rotulado "MANOWARRRRRRRR"... pode ser que não...

Um grande bem haja à Isabel Figueiras, e muito obrigado por posares em trajes menores... a humanidade agradece, e (pela minha parte, pelo menos) os Deuses também...

sábado, setembro 03, 2005

E digo-te mais....Mais!

eu ia escrever um post, mas pensei melhor e nem por isso. vou só citar uma frase do meu professor de Filosofia do secundário; estávamos a dar a Lógica, esse assunto tão problemático como confuso, quando, após uma série de exemplos inconclusivos, a chuva que nos assustava no exterior parou e, por momentos, enquanto aquele saguim bloquista abria a boca e falava, o tempo parou, o Sol raiou uma vez mais naquela triste e leda sala, tal Primavera nascida. As palavras ecoaram pela sala, pelo meu espírito, por todo o mundo. Ele terminou a frase, olhámos uns para os outros comovidos, e repetimos todos aquela frase que mudou a nossa vida... "se a minha avó tivesse rodas, era uma bicicleta"

quarta-feira, agosto 31, 2005

Blame it on the Boogie (MJ) - sim, é o Boogie que te faz gostar de criancinhas

Deus, quando se lembrou de criar a "constipação", devia estar sob o efeito de ácidos, só uma pessoa muito alterada é que se lembraria de pôr coisas verdes a sair do nariz consntantemente. Por isso, além de relativamente medicado, passei o dia todo na cama a rever filmes. Apercebi-me, então, qual a razão do ser humano não gostar de se levantar (de manhã, à noite, whatever); é a fase do "sentar". Ora, se eu estiver sentado num sofá. levanto-me facilmente, porque já estou sentado e não tenho que passar para essa fase, constando que já me encontro sentado. Agora, se eu estiver deitado, é totalmente diferente. Não só tenho que me levantar, como tenho que me sentar primeiro, para depois adoptar a posição bípede que caracteriza os seres humanos (entre outras coisas, como os ancinhos).
De sofá para o chão, é só colocar o peso sobre as pernas, dar um impulsuzito, e já está. Agora, quando estamos deitados, é muito mais complexo. Experimentei várias maneiras, mas é quse impossivel não passar pelo terrível "sentar". Há dois métodos adequados para quem não se quiser sentar; um, enquanto deitados, viramo-nos de costas e deslizamos de pernas esticadas para fora da cama, mas apenas aterraremos em pé se for num beliche, caso contrário é difícil adoptar a posição final sem passar por algum esforço similar ao "sentar". A outra inicia-se de barriga para cima, e tem como passo principal fazer a ponte. Após estar na posição de ponte, desliza-se para a frente, e assim que os pés tocarem no chão basta projectarmo-nos para o exterior.
A questão não é o levantar, é não querer sentar. Quando me disserem que passo muito tempo a deitado a ver televisão, a resposta é "simplesmente não me quero sentar". Já dizia Ponteirus, antigo filósofo romano, "In cama sentae quid levantus querent". Ou seja, quem se quer levantar, na cama se irá sentar.
Já Jesus, em palha deitado ou palha estendido, percepcionou a grande antítese humana, o "passar do deitado para o levantado sem o sentar". Uma pessoa que se queira levantar, estando no sofá, simplesmente tem que se erguer. Se estiver deitada, terá que se sentar, e só depois de se sentar poderá estar erguida. De resto, para agravar a minha situação, o Rod Stewart existe. Acho que não mereço isso, é a mesma coisa que fazer caretas a um cego. Estava eu ali tão bem a zappar, quando me surge o Rod Stewart. O comando não muda, o tempo pára. O meu coração acelera. Por momentos, vejo a minha vida a passar-me pelos olhos. Até que finalmente consigo mudar. Logo a seguir, tive que passar pelo processo de me levantar.
E pensar que há uma semana atrás estava numa esplanada a beber minis no alto alentejo. Quase que ia continuar a escrever, mas vou parar. Por isso mais vale pararem de ler, não vão aprender nada a partir de agora. Really. Isto é uma inutilidade, estou só a alargar um pouco o meu post porque olhem, sei lá, é naquela. Já referi que não gosto de Rod Stewart? Ah, ok.

quarta-feira, julho 27, 2005

Nick nack paddywack, give the dog a bone, this old man came rolling home

Quero desde já agradecer ao Stormson o mau gosto que teve na escolha da imagem a colocar no seu post anterior, e acho que falo em nome de todos quando digo "foda-se".
Hoje vou contar a verdadeira história de Jesus Cristo. Passei muitas horas a fazer pesquisa, noites em branco, fechado num quarot escuro a recolher informação. Mitos e lendas surgem em torno de um homem que, vendo bem, não era diferente do comum mortal. Finalmente consegui reunir os dados necessários para fazer uma biografia justa.
Em 33 AC ele nasceu numa manjedoura e desenvolveu uma terrível febre dos fenos e inúmeras infecções cutâneas produtoras de glândulas alienígenas que o faziam cheirar a suor de vaca. Quando ele tinha 10 anos, em 23 AC, reparou no calendário que estava no frigorífico e perguntou à sua mãe "olha lá, o que é esta merda? Então vou morrer daqui a 23 anos e não posso fazer nada por isso?!" Saiu a correr de casa e esqueceu-se do desodorizante, infestando as redondezas com o seu terrível odor.
Triste e angustiado, deitou-se debaixo de uma árvore e, do nada, surge uma figura feminina "serviço completo é um carneiro. Coisas mais esquisitas pagas a galinhas" disse a figura, tentando manter os olhos abertos e a baba dentro da boca. Uma seringa pendia do seu braço direito, que ela tirou com um "ah, ups...errr... é insulina". Jesus estava espantado com a beleza da mulher e perguntou o nome..."Madalena. Mas os meus amigos chamam-me Maçaneta". "Maçaneta porquê, senhora?" "Porque toda a gente agarra e dá uma volta". Jesus, não querendo ficar atrás, deu também uma voltita, embora ela tivesse a dormir durante todo o processo. Mas ele queria mais. Já que ia morrer tão cedo, ao menos que a sua existência fosse feliz. Começou a trabalhar numa carpintaria a fazer penicos, onde todo o dinheiro ia para o álcool, prostitutas, droga e Monopoly. Desleixou-se, e deixou crescer a barba e o cabelo; nada o agarrava à vida como a borga.
Um dia, um Bar Gay numa esquina de Nazaré, chamado "Horny jews", precisou de um arranjo no palco onde os strippers dançavam e os romanos aplaudiam. Jesus tinha sempre uma garrafa de whisky no bolso, e nesta manhã já tinha "provado" demais da garrafa. Quando descobriu que ia arranjar o palco e se apanhou sozinho, agarrou-se ao poste e começou a dançar como nunca ninguém tinha dançado, com uma graciosidade extrema, a desenhar sensualmente os seus movimentos. A ver isto, estava Judas, o dono do bar, apreciador de rapazinhos como Jesus. Rapidamente o tentou convencer a trabalhar para ele.
- como te chamas?
Jesus pausa um pouco a sua dança, olha em volta e saca da carteira, olhando atentamente para a carta de condução para se certificar do nome.
- Jesus Cristo, acho que é isto o meu nome.
- Ah Jesus, trabalha para mim. Serás bem pago, terás todas as mulheres, todo o vinho. Chamar-te-ás Barbudo Tesudo a partir de agora. E já agora... como é que é?
Jesus abre os braços, esticando-os ao máximo.
- É mais ou menos assim.
E foi esta imagem que foi capturada por um papparazzi e que inspirou a estátua do Cristo-Rei.
Os mese passavam e Jesus fez fama. Tanto que até fundaram um clube de fãs, Os Apóstolos. Ele já era tão conhecido que já ninguém se importava com o seu cheiro a vaca que fez a maratona.
Uma noite, Judas entrou no camarote do Barbudo Tesudo enquanto este punha o rimel para a sua actuação. Após algumas conversas superficiais, Judas confessou ter por ele uma enorme atracção "Inchaqui Salad", ou, correctamente traduzido "anda cá meu pequenote, vou-te mostrar as estrelas com a minha luneta".
Aterrorizado, Jesus fugiu e foi ter a um esquisito local... um ringue de boxe. Nos próximos anos, Jesus tentou de tudo; foi Jesus "El Carpintero" Cristo no ringue, JC and the Buzinas Flatulentas, a primeira banda de hip-hop e Juca, dono de uma taberna mal frequentada. Entretanto, numa das suas noites de álcool e boémia, perdeu-se no deserto com o seu clube de fãs, os Apóstolos. Quando acordou, meio assado, meio dorido e a outra metade meia ressacada. Decidiu parar num restaurante pa comer qualquer coisa com o seu clube de fans. Por azar, foi parar a um estabelecimento cujo dono era Judas. Assim que ele entrou e viu Judas gritou de irritação "esta é a última ceia que eu tenho convosco, bando de pardais menstruados!" Jesus andava a passar uma fase muito perturbada da sua vida; já só tinha um ano de vida e tinha ataques de raiva constantes, tendo sido ele o primeiro a desenvolver o sindroma de Tourette. Uma noite, enquanto passeava pela cidade, deparou-se com uma guarda que lhe perguntou as horas:
- Quod horas sunt?
- o que é que chamaste à minha mãe! AH SEU HEREGE! MALDITO IMBECIL!
O guarda irritou-se e prendeu-o. Entretanto, quando ele estava prestes a ser liberto, surge um guarda com uma bacia para ele se lavar, processo normal nos prisioneiros que brevemente são livres. Jesus respondeu
- Uma bacia?! Ó tanso, Lava-me aqui as mãos! já agora a pila e os tomates!
Um outro guarda, que tinha problemas de audição, percebeu "lavo as mãos por Pilatos". Jesus acabou por ser chicoteado por ter uma irritante mosca nas costas que não conseguia agarrar. No dia seguinte, surge um empresário na sua cela, vestido com um fato branco, gravata rosa e camisa verde.
- O meu nome é John Custódio. Posso-te tirar daqui se amanhã fizeres um espetáculo de strip ao vivo num palco emprovisado e acabares o número a fazer de homem-estátua.
E assim foi. Jesus dançou à volta de um "stripper pole" improvisado em forma de "T", e acabou com grandes aplausos, com o seu número de homem estátua. Quando estava a fazer uma vénia a agradecer ao público, torceu o dedo mendinho do pé esquerdo, caiu ao chão e bateu com a cabeça numa pedra. Ficou inconsciente e, quando recuperou, levantou-se e deu com a cabeça na cruz, morrendo instantaneamente. Daí ele ter "morrido na cruz".

Le Fin

sábado, julho 16, 2005

Bolhinhas e tacos de Críquet.

Como vou para férias e vou estar uns tempos sem colocar mais nenhum post por aqui, isso e a falta de sono aliada a uma forte dor no dedo mindinho do pé esquerdo, decidi brindar o leitor com mais umas pérolas literárias jorradas em catadupas da minha mente distorcida e perversa...

Segundo consta, os autores dos atentados em Londres eram nada mais nada menos do que rapazes de idades muito jovens com gosto pelo criquet e também por tomar conta de criancinhas...Ora meus amigos eu desenvolvi uma teoria que pode ser bastante útil aos serviços secretos britânicos, senão contemplem: Quem mais é que nós conhecemos que gosta de pegar no taco e tomar conta de criancinhas??? Sim, exactamente... Nada mais nada menos do que o auto-proclamado Rei da Pop , Michael Jackson(segundo o dicionário "Pop" deriva do barulho que o chamado pirilau faz ao sair do xamado rabo, vulgo caralho e cú... por isso o nosso amigo Michael é conotado como o Rei da Pop, ou seja, o Rei do Nabo a desencavar do Cú) estará por trás destes recentes atentados, sendo o tal "cérebro" que as autoridades dizem ainda estar a monte.

Isto faz perfeitamente sentido, senão vejamos, os atentados ocorreram dias depois de Michael ser ilibado... depois temos os pormenores das criancinhas e do criquet, Helloooo querem melhor perfil de subordinado do Michael que esse?? Depois é a questão do cérebro...sim pois essa será a unica parte funcional do rapaz, ainda que completamente atrofiado e deixado quase ao descoberto. Mas ainda há mais segundo me parece Michael não será o unico Mastermind por trás disto, não senhor... Há também um segundo personagem que é nada mais nada menos do que o macaco Bubbles (Bolhinhas)...sim esse é o grande e aterrador facto de toda esta história, que faz parte de um grande e imenso plano de erradicar toda a humanidade deste planeta... deixando apenas os negros, muçulmanos e ucranianos como bestas de carga e onde os macacos reinariam supremos, com Michael Jackson no lugar de Re...Rai....erm.....soberano das criancinhas e personal bitch de Bolhinhas. Cuidado meus amigos.
Tenho dito, chiça!

Futurologia em fasé pré-férias.



Já lá vai algum tempo desde a última vez que escrevi algo neste blog, por isso este post é uma espécie de "regresso do filho pródigo" da minha parte... Tendo isso em mente gostaria de fazer uma espécie de prospecção no futuro vulgo futurologia (para os leitores com síndrome de Down, ou para aqueles que são simplesmente burros), a previsão que eu gostaria de deixar desta vez, e desafiando a omnisciência do magnânimo Oneiros meu confrade, é uma previsão do aspecto futuro da bem conhecida Paris Hilton, depois de todo este sucesso e após uma tourneé bem sucedida pelo mundo inteiro onde a nossa querida Paris faria um espectaculo repleto de pirotecnía, lubrificante, um Grandanoir, e um berbequim com um dildo na ponta...

Mas como "girls will be girls", frase tornada conhecida pelo famoso Butch MacDick, a nossa menina rebelde e traquina Paris continuará a fazer sessões de pornografia e exibicionismo com os seus namorados que continuará por sua vez a fazer furor nos meandros da internet. Na sua longa lista de namorados constarão nomes incrivelmente sonantes, tais como o notório Zé dos Plástico, o carteiro Severino (na altura estará como lambedor de selos oficial nos serviços postais de Carrazeda de Anciães), o mecânico Marcolino e ainda o famoso bombeiro de 1,92m e 98 Kg's, Paulinho das Azenhas, que por sua vez estará no regimento de sapadores bombeiros de Deocriste onde no cumprimento do dever (apagar um fogareiro da patuscada anual do regimento), acabará por queimar o interior do umbigo após se inclinar para apanhar uma brasa do carvão que tinha caído, razão pela qual o seu relacionamento com Paris iria terminar. Actualmente a menina namora com um milionário *coff*dinheirinho-do-papá*coff* grego... Será então mais do que lógico que o leitor tenha exactamente a reacção do grego ao ver o aspecto da nossa bela e sensual menina depois de anos e anos de sexo inseguro e comportamentos de risco, onde nos mesmo se inclui fazer paraquedísmo sem cinto de castidade e também lutar wrestling com ursos pardos...

Aqui mostro uma foto tirada pelo namorado da época, o infâme Manuel João Viera vocalista da famigerada banda portuguesa, Ena pà 2000... Tenho dito, caralho!

segunda-feira, julho 11, 2005

Resultado de uma mente perturbada pelo cansaço e saturação laboral. Ao menos não são gases

- Boa tarde, é aqui o Tasca do Ti Zé?
- é sim senhor jovem.
Enquanto falava com o jovem, o Ti Zé ia oscilando de tomate em tomate para coçar.
- Ah, é que um amigo meu disse-me para vir ter com ele aqui, chama-se Carla.
- Claro claro! Grande rapaz que o Carla é! Conheço-o desde que ele era do meu tamanho.
Houve um momento de silêncio... o jovem quebrou-o.
- então olhe, quando ele chegar, aponte a minha mesa. Entretanto leve-me uns tremoços e um champagnezito. Pode ser um Chatêau Neuf du Pap de 68, se faz favor.
- Tremoços tudo bem, agora champagne está complicado. Só temos Cordon Rouge seco ou Pinot Noir.
- Então leve-me só os tremoços.
- Está feito!
O jovem sentou-se à espera do seu amigo. Imagens invadiram-lhe o cérebro, reminiscências do passado... ele e o Carla a andarem de bicicleta, a primeira menstruação do Carla... bons tempos. E assim ele passeou pelas memórias, enquanto comia uns tremoços de Mirandela (http://www.geocities.com/afatres/mirandela/tremocos.htm). Uma figura surgiu pela porta... aquelas curvas que ele conhecia, seios fartos e ancas estreitas. Uns lábios finos, cabelo como água a escorrer pelos ombros. O jovem levantou-se, deu um forte abraço ao seu amigo de infância, dando-lhe de seguida uma palmada no rabo e apalpou-lhe o peito.
- Ó migo Carla, estás com uns músculos! Já não te via há anos!
- Olha - disse Carla com um ar sério - temos que falar.
- Claro! Mas passa-se alguma coisa? Problemas com a velhota lá em casa?
Sentaram-se os dois em silêncio. Carla falou.
- Não sei como te hei-de explicar isto, por isso vou directa ao assunto. Eu sou uma mulher! E tu sabes disso! Há anos que tu e o Ti Zé fingem que eu sou um homem só para me apalparem e tocarem!
- Ó Carla, não sejas parvo! Olha-me este!
Carla levantou o top e exibiu-se.
- Eh lá! Isso está inflamado rapaz! Vê se vais ao médico!
Neste momento, entrou um homem sujo, t-shirt de alças, pêlo das costas a transbordar pelos buracos. Calças sujas de tinta, bigode farto a cobrir o lábio de cima
- Sô Zé, é uma fresquinha, se faz favor!
- Senhora Mário, tão bonita que está hoje. Fez alguma coisa à pele? Está tão macia e lisa - o Ti Zé passou a mão pela cara da Sra. Mário...
Entretanto, no outro lado da rua, no supermercado local, uma lagosta discutia com a pizza Marco Bellini quatro estações a existência da matéria enquanto ideia que partilha de uma série de conceitos, não algo igual em todas as realidades pessoais. O assunto ficou resolvido quando um dos douradinhos disse:
- se Camões fosse heterossexual, teria escrito As Damas, e não Os Lusíadas. Parece um pouco roto ou é só impressão minha?
Todos se calaram, à espera que a Sra. Nardinova, ucrâniana dona de um negócio de contrabando de tremoços da Mirandela, pegasse neles para cozinhar para a sua família de 39 na mesma casa.

quarta-feira, julho 06, 2005

"Sou a tua nova amiga, sou a Cátia Beijinhos"

Hoje vou optar por começar o meu devaneio da maneira como milhares de conversas se iniciam por todo o mundo (com as respectivas alterações linguísticas). "No outro dia", marquei encontro com o Oneiros para tomar um café e pôr a conversa em dia. Marcámos a hora e o sítio, e lá estávamos. Iniciámos as nossas longas discussões sobre a iniciação sexual dos babuínos e de que modo eles influenciam o Artigo 23º da Constituição. Entretanto, surge um mendigo no café. Chega ao pé de nós e eu, já estando preparado para um "não tenho", fiquei surpreso com a sua conversa. Começou por se apresentar, dizer que tem dificuldades, as coisas do costume. O homem não tinha assim um aspecto tão mau como podem estar a imaginar neste momento; penteado, barbeado, jeans, camisa... O Oneiros olhava para ele de modo atento, e eu olhava de modo atento para o Oneiros a pensar "porque raio está o Oneiros a olhar para ele de modo atento?". O homem olhou para mim de modo atento e disse "estou a olhar atentamente para ambos, importam-se que eu me sente?". Comecei a procurar uma desculpa o mais rapidamente possível, mas o Oneiros antecipou-se "sente-se Sr. Martins". Mais uma vez, eu estava a olhar atentamente para o Oneiros, enquanto ele olhava atentamente para o Sr. Martins.
- Nasci em 1970 em cima dos jornais de um quiosque. A minha mãe foi-se embora e lá me deixou em cima do Público, tendo eu sido adoptado pelo Sr. Martins, o gajo que estava no quiosque, a quem eu fui buscar o nome. À medida que crescia, desenvolvi uma paixão por Ballet, que nunca concretizei por ter uma perna mais curta do que aquela que é mais comprida, que por sua vez se alonga um pouco mais do que a que é mais curta.
Aqui ele fez uma pausa para olhar para nós; eu tinha-me afastado ligeiramente quando ele falou de ballet, e o Oneiros tinha-se aproximado dele, com uma lágrima a escorrer-lhe pelo rosto, comovido com a história das pernas. Prosseguiu...
- Cresci e tornei-me empregado de Bar num bordel, O "Cotovia Rimbombante". Comecei a ganhar gosto pelo ofício, e decidi fundar uma empresa minha, a "Sopranaflauta Lda." Rapidamente ganhei fortuna, ao descobrir uma mina de ouro: as paragens do autocarro. As senhoras que lá estão são ávidas adeptas de prostituição. Tudo correu bem durante 4 anos, até que fui a uma entrega de prémios de bordéis a nível nacional. Estavam lá representantes de todos os rivais, o "Passarinha e Filho Lda", a família "To- Matoso" e a pior, a minha rival, a "Bajanga da Tia Lda". Estava nervosíssimo quando chegou o final, o grande prémio: Melhor Bordel. Eu ganhei....
O Sr. Martins soluçou comovido, o Oneiros abraçou-se a ele num gesto de carinho e eu olhei para a chávena de café, a pensar profundamente em assuntos que me atormentavam: "se a melancia é vermelha por dentro, porque é que os morangos são vermelhos por dentro E por fora?".
Ele recuperou, puxou do seu lencinho para limpar o muco que jorrava das suas narinas, e continuou.
- mas quando subi ao palco, oh desgraça das desgraças! - o Oneiros interrompeu rapidamente
- Não! Não me diga que estava de braguilha aberta!
- Err... não...tipo...não - O Sr. Martins ficou a olhar atentamente para Oneiros, enquanto eu olhava atentamente para a chávena de café - o que aconteceu foi que, quando subi ao palco, todos se riram das minhas pernas! Todos a apontar e gozar! E eu ali, a sofrer! Chamavam-me coisas horríveis, como "Tu que tens uma perna mais comprida que a outra!" ou "Pernas diferentes!" ou pior, "Gajo que tem uma perna mais curta que a outra!". Chorei e gritei "Não se faz! Vós sois muito maus para mim!". Fugi... desisti daquela vida, fui morar para debaixo da ponte com um cão chamado Timóteo... e aqui estou.
O Oneiros lançou a sua cabeça na direcção das mãos, num pranto horrível. Rasgou as suas roupas, exibindo o seu peito peludo e a sua tatuagem da galinha. Cambaleante, fugiu para a rua onde berrou histericamente durante minutos a fio, até que o homem do café lhe pediu "Olhe, desculpe lá, podia parar com isso? É que não é lá muito bom para o negócio ter um gajo semi-nu em frente ao café aos berros", ao que ele respondeu "ya".
Eu sucumbi às lágrimas, quando notei que o meu diminuto cérebro não é suficiente para compreender as diferenças entre uma melancia e um morango. O Sr. Martins desvanesceu, deixando um papel em cima da mesa que tinha escrito "No Verão, a vizinha de cima parece um cogumelo com olhos". Mais tarde, descobri que o Sr. Martins se tinha suicidado com um corta-unhas. Tudo o que resta dele é o papel, para o qual eu olho atentamente todos os dias.

sexta-feira, junho 24, 2005

Sim, sou bom...

O meu invento da máquina do tempo volta a demonstrar-se... novo post da minha autoria lá para trás (ou baixo).

Título "À Terceira é de vez..."

domingo, junho 19, 2005

I've walked on water, run through fire, can't seem to feel it anymore

Numa pequena vila do interior Alentejano morava Cátia Carina, nascida em 78 e deixou de ser menina aos 88 com o auxílio de um carneiro e uma espátula. Bom, grande fã de animais desde tenra idade, rapidamente ganhou interesse pela biologia e, mais tarde, optou pela medicina e especializou-se naquilo que realmente gostava, tornando-se na lancetadora de pústulas anais em idosos mais conhecida do país. O seu fascínio pouco espaço dava para a família, o seu marido José João e os dois filhos Josão e Catina (sim, se juntarmos 2 nomes em português parecem nomes da Grécia Antiga; estou a pensar escrever um romance sobre o fabuloso tocador de piano Rabo [Raquel e Bo...errr...Bolena, tal como a mulher do Henrique VIII ] ). Desculpem pelo triste à-parte.
Por outro lado, 3 anos antes de Cátia Carina nascer, uma nova aberração tinha brotado... Era Zé Joca, um jovem que, logo à nascença, foi possuído por um espírito de uma senhora de 70 anos que mora com 24 gatos num 3º andar em Queluz. Então, juntou-se à PSP. A sua vida era simples; acordava, trabalhava, fazia o seu ponto-cruz e macramé na hora de almoço, falava de Reality Shows e telenovelas da TVI com os outros polícias. Há algum tempo atrás, Zé Joca ia no seu carrinho com o seu colega de equipa Jaime, e recebem uma alarmante mensagem... durante alguns segundos, o usual barulho a que já se tinham habituado do transmissor da polícia tornou-se num grito de dor, num som de sofrimento: eles estavam encarregues de transmitir a notícia mais pesarosa que se pode dar a alguém. E é aqui que as duas vidas se cruzam; Zé Joca vai a casa de Cátia Carina. Jaime, em choque com a notícia, rasga as suas roupas e sai do carro da PSP ainda em movimento, indo aterrar a uma fábrica de enchidos onde, mais tarde, se tornará cozinheiro na cantina.
Zé Joca inicia a sua viagem interminável até casa de Cátia Carina. O coração na garganta, as mãos inchadas e a tremer, o suor a escorrer-lhe de diversos sítios, como por exemplo a testa (os outros locais iriam originar uma imagem demasiadamente inadequada à minha imaginação, não quero imaginar um polícia gordo sentado no seu carro com gotas a passearem entre os seus entrefolhos e os estofos de cabedal).
Chegou ao destino, uma casa simples, bem apresentável, com os inevitáveis desalojados a mijarem no tapete e a gritarem "És um penico!". Zé Joca caminhou lentamente, afastando os vagabundos do caminho. Os segundos pareciam minutos, os minutos horas, as horas segundos, uma semana duas décadas e meia com um intervalo para celebrar o Natal pelo meio.
Chegou a hora de um pequeno à-parte. Zé Joca, aos 16 anos, foi ao médico por ter ataques constantes de vómitos. Mas acabou por descobrir 2 coisas: os vómitos eram provenientes de uma alimentação incorrecta, e possuía uma rara doença. Uma doença com apenas três ou quatro casos pelo mundo inteiro. Divaguite crónica. As consequências são simples. O doente divaga em grande escala, de uma maneira ridícula e entediante (faz lembrar alguém?). Ele sabia que isso o iria perturbar quando fosse a casa de Cátia Carina transmitir-lhe a triste notícia. Continuando...
Zé Joca aproximou o seu dedo da campainha. Hesitou. Parou a olhar, a pensar se seria justo ser ele a comunicar um acontecimento daqueles . Mas era o seu dever. Ganhou coragem e pressionou o botão. Esperou uns segundos intermináveis, até que a porta abre bruscamente pelas mãos de Cátia Carina:
- MORRE SUA COBRA VENENOSA, ESPERO QUE ARDAS NO INFERNO E QUE UM CEGO TE TENTE CORTAR AS UNHAS COM UM PÉ DE CABRA!
- Boas tardes minha senhora - disse Zé Joca, assustado.
- Ah, penso imensa desculpa - retorquiu Cátia Carina, envergonhada - pensei que fosse a minha mãezinha.
- Não não. Eu sou o Agente Joca, da 13ª esquadra de Canaviais de Cima... - Joca faz uma pequena pausa, e sente a divaguite a entrar em acção. - que é uma bela terra, conhecida pelos seus Canaviais e pelo seu vinho, maravilhoso para acompanhar uma bela posta de pescada.
- Sim, mas o que o trouxe cá?
- Ah, vim de carro. Era para vir com o Jaime mas ele ficou pelo caminho. Bom moço aquele. O pai dele andou na tropa com o amigo do meu tio-avô da parte do meu meio-irmão. Somos quase parentes. O que me faz lembrar um história da minha infância, quando eu passei por um camião do lixo e disse... - Cátia interrompeu
- Senhor agente, não leve a mal, mas sou uma pessoa muito ocupada. Tenho que ir pôr a minha avó ao lume.
- Claro, eu compreendo. As avós são uma preciosidade. São as avós e a minha colecção de nódoas de mostarda, tenho um armário cheio de roupa marcada com mostarda. Os raios dos empresários da mostarda têm um trato com as lojas de roupa, fazem uma mostarda impossível de tirar da roupa. E eu que tinha uns soutiens tão agradáveis, mesmo à medida. No outro dia...
- Senhor Joca, por favor! Vá direito ao assunto!
- Tenho uma notícia grave para lhe dar. Quer-se dizer, não deve ser tão grave como quando um amigo meu acordou no outro dia de ressaca no meio do mato com as calças em baixo e 20 jovens a fumarem e um deles lhe disse "faz a conta à hora e multiplica por 20". Acho que...
Cátia Carina explodiu.
- Ó HOMEM, DESEMBUCHE!
- eu...eu...eu peço imensa desculpa por ter que ser eu a transmitir-lhe a notícia... - Zé Joca faz uma pausa, inspira e expira suavemente para controlar a divaguite, ganha coragem e diz à senhora - eu estou com gases.
Os céus tornaram-se cinzentos, as flores morreram... triste dia aquele. Zé Joca virou as costas para esconder uma lágrima, enquanto Cátia Carina tombou no chão, ajoelhando-se de braços abertos, a chorar de dor. Ao longe, um melro cantava uma melodia triste. Era o YMCA dos Village People...
- Fim

sábado, junho 18, 2005

Odeio-vos mortais...

...sim... definitivamente odeio-vos...

Sim, é sábado... sim, são 10h da manhã... sim, deitei-me depois das 4h... sim, estou acordado!!!

Ok, tenho um casamento hoje, mas só teria de me levantar pelo meio dia por causa disso... mas nããããããããããããoooo!!!!!!! Pelo segundo fim de semana consecutivo, as almas caridosas que são os poderes vigentes decidem que é às 8h30, 9h da manhã de SÁBADO e DOMINGO que as obras BARULHENTAS devem ser feitas ou nas escadas do meu prédio, ou mesmo à minha janela... PORQUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!

Esta gente sabe o que é um fim de semana? Acho que isto devia ser proibido por lei... ou no mínimo eu deveria ser autorizado a crivar de chumbo pesado os artistas que decidem e executam estas coisas, decapitá-los post mortum, mijar-lhes nos crânios ocos (nem precisava de esvaziar, obviamente não possuem massa cizenta suficiente para encher uma colher de café) e violar-lhes a mulheres e filhas... Ah! E claro, antes de tudo isto deveria também ser declarado único e exclusivo herdeiro dos mesmos...

Nota-se que estou de mau humor?

GRUNF!!!!!

sexta-feira, maio 20, 2005

À terceira é de vez...

Já dizia o outro:

"Uma vez é uma singularidade, duas vezes uma coincidência, três vezes é um facto científico." (na verdade ninguém dizia isto, acabei de inventar, e sim também acabei de me citar a mim próprio, obrigado! Sou uma divindade. Eu posso!!)

Ora segundo esta simples e útil (já para não falar de comprovada e testada, perguntem ao Aristóteles) regra, hoje reparei em mais uma verdade inabalável do cosmos.

Vou-vos contar uma história (mais uma vez) para elucidar e ilustrar o meu ponto. E reza assim:

Corria o ano de 1999 quando este invólucro de base carbónica que uso como contenção das minhas energias oníricas no vosso plano mortal (leia-se "corpo") atingiu um momento decisivo na sua/minha vida (e note-se que uso o termo vida apenas para definir este curto mas tão longo espaço de tempo em qeu vou estar limitado à vossa existência mortal devido a uma péssimo aposta com o Destino (ver posts anteriores)). Momento esse que vocês humanos chamam "entrei na faculdade, tenho agora qualquer coisa como 5 a 20 anos para não fazer nenhum". Como boa unidade de base carbónica que era, escolhi para minha ocupação dos tempos entre os tempos livres o belo e excelso curso de Biologia Marinha e Pescas na Universidade do Algarve, Campus de Gambelas. Por motivos que vou dispensar de explicar, 3 anos depois, estava a deixar o Algarve e a preparar-me para reiniciar o ciclo, onde acabei por ganhar admissão em Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Ora nesse maravilhoso ano (creio que se tratava de 2002) tinha entrado no exato mesmo curso uma antiga colega de Biologia Marinha e Pescas (BMP, como os Bitmaps). Pensei, bom duas singularidades a ocorrer ao mesmo tempo... é uma coincidência. E eis que agora em 2005 deparo-me com uma terceira semi-ocorrência: como poderam observar se forem leitores habituais deste blog e seus comentários (e se não são não merecem respirar o ar que absorvem pelas vossas respectivas cavidades pulmonares) a nossa cara wenya, ela própria uma aluna de Antropologia desta instituição a que carinhosamente chamamos "fac", admite ter cogitado seriamente a possibilidade de ao invés de enveredar pelas ciências sociais, rumar aos Algarves para estudar peixinhos (nota pessoal: peixinhos a minha pila torta... se quissesse cursos de química orgânica e microbiologia sabia escolhê-los, muito obrigado).

Ou seja, temos aqui três casos documentados (isto é um documento?) que demonstram a estranha ligação entre BMP e Antropologia, entre o Peixe e o Homem, entre o Natural e o Social...
Pergunto-me qual será exatamente a natureza desta estranha ligação... será o cheiro em comum? (que os vossos sacos de carne francamente, mas já tiveram melhores dias em relação ao odorífero) Ou será que isto comprova aquela teoria que alghuns defendem que toda a vida terrestre (incluindo os humanos) descendem todos dos peixes? Deixo as considerações e ramificações ao leitor, agora tenho de ir fazer uma coisa... :P

Vénus de Tintin

Ao longo de longos anos (soa mal? Processem-me!) milhares de mensagens subliminares têm sido passadas das mais diversas formas às massas (http://www.religioustolerance.org/chr_cul5.htm), seja pelo cinema, música, pinturas, semáforos, etc. Hoje proponho-me a descodificar algumas das mensagens que encontro nas mais diversas músicas, bem como desmistificar algumas dúvidas comuns;

"Põe aqui a mão e sente o deserto" (Rui Veloso in Não me Mintas) - de facto, isto indica que o Rui Veloso é, efectivamente, desprovido de genitália

"Senhor, a teus pés me confesso, senhor, meu amor maltratei" (António Calvário in Oração) - a letra foi alterada para agradar ao júri da Eurovisão de 64. No original era "senhor, fustiga-me violentamente, senhor, eu tenho sido um mau menino"

"Uma toalha no chão, um caminho cansado, um traço de avião" (Pedro Abrunhosa in Momento) - no fundo, Pedro Abrunhosa quer-nos transmitir a seguinte mensagem: "sou um entediante nortenho com ar de parvo que pensa que sabe rimar e, embora tenha consciência que não o sei fazer, vocês continuam a comprar os meus álbuns"

"Nini dançava só para mim" (Paulo de Carvalho in Nini dos meus 15 anos) - paulo de carvalho relata a história de como perdeu a virgindade com a indiana Nirionikhale, abreviada para nini.

"sim eu sei, que tudo são recordações, sim eu sei, é triste viver de ilusões" (Vitor Espadinha in recordar é viver) - se tocarem estes dois versos ao contrário ouvirão uma voz cavernosa a dizer "minha puta se me voltas a dar com os pés mando-te uma tareia, risco-te o carro, descubro onde moras e vou-te cagar no tapete"

"Sobe, sobe, balão sobe, vai pedir aquela estrela que me deixe lá viver" (Manuela Bravo in Sobe Sobe Balão Sobe) - Manuela critica o sistema policial português devido a uma multa por embriaguez em que acusava 1.5

Agora, vamos ao Internacional:

"Stay on the scene like a sex machine" (James Brown in Sex Machine) - a Dildatex, uma companhia americana de fabricantes de brinquedos sexuais criou o primeiro motor fálico no mercado. James Brown foi dos primeiros a possui-la, e afirmou perante o público "Nunca me senti tão bem na minha vida desde que descobri que sou preto".

"Hello Goodbye" dos Beatles, se tirarmos o "O" de Hello e o "BYE" de goodbye, ficamos com HELL GOOD, uma manifestação do satanismo presente na banda

"Get up, stand up, stand up for your rights" (Bob Marley in Stand up for your Rights) - Bob Marley demonstra nesta música a sua falta de qualidade e fala no futuro, que é ele morrer com 30 espécies de parasitas na cabeça e a sua cara aparecer nas T-Shirts dos jovens como um símbolo de "fumo bué ganzas"

"Love me tender, love me sweet" (Elvis Presley in love me tender) - após umas boas décadas da sua morte, descobriu-se um diário de Elvis que falava do seu fetiche com tendões e articulações; a música chamar-se-ia Love My Tendon", mas como preferiu não dar nas vistas, optou por um título mais discreto

ABBA significa, realmente, Awful Band By Animals

Bem, por hoje é tudo. Boa entrada nos exames para todos (HAHAHAHAHAHA)

terça-feira, maio 17, 2005

Quando o Uer, é Uer.

O Mal é o Mal. Sempre foi o Mal. Sempre será o Mal. Mas contudo o Mal acha que o Bem faz Mal. Mal em fazer Bem, isto é. E o Mal acha que é Bem fazer o Mal. Eles seguem a sua lógica. Assim eu, sendo ilógico, estou para além do Bem e do Mal. Um louco, um demente, uma pessoa que padece do Sindrome de Down e outros. Pessoas dentro destas categorias não podem ser inseridas no Bem e no Mal categóricos, por não serem consideradas responsáveis de forma consciente e premeditada pelos seus actos, sejam eles pertubadores, destructivos ou, no ponto de vista comum, maléficos.
Tomem este exemplo que se segue: Toda a gente pensa numa moeda e diz: “Olha uma moeda. Tem duas faces. Cara e coroa. Dah!” Ao que eu respondo, após ponderar um pouco, de forma calma e constructiva: “UERUERUERAHHHNAHNAHNUERHAHAUERUERUERAHUEREHUER!”. Isto pode ser traduzido por: “Errado. A moeda tem 3 faces. Ninguém liga aquela face neutra lateral. Passa despercebida por todos. Ela não pode ser responsabilizada por cair Cara ou Coroa. Por escolher randomicamente e inconscientemente o Bem ou o Mal.”
A essa face irresponsável e irresponsabilizada dá-se o nome simples de “O Uer”.

“O Uer”, tal como o meu colega e colaborador Raw já o explicou num seu post anterior, “é Uer” – tomando como minhas, as suas palavras. O Uer está para além do Bem e do Mal. É o Uer que mantém o balanço e o equilíbrio na natureza e tudo o que nos rodeia. É o que faz tanto sair um 1 numa altura crítica e que pode significar a vida ou morte ou um 20 para um spot check a um gigante com o dedo grande do pé enfiado no nosso nariz. O Uer é parecido com o Zen, só que dá-lhe uma abada brutal na sueca e não usa cuecas de fio dental. O Uer é o Olimpo dos Deuses e o Osujo dos Tirouses. Isto é “Uer”.

Contudo há que ter em conta que há inimigos do Uer e da sua doutrina. A Maturidade é um grande inimigo do Uer. Contudo, esta pode ser ignorada facilmente e por completo, dado que é tão aborrecida. "Nevermind. Maturity makes one crappy foe."

Como seguidores do Uer, nós neste blog, espalhamos a palavra. Com prazuer fazemos o comum mortal vuer aquilo que de outra forma não consegueria vuer, embora não façamos milagres. Há que compreender que não se chega facilmente à iluminação Uermoniosa e Uerífica. O Uer tem de ser abraçado de livre vontade, expandindo e alargando os horizontes da sua mente e aceitando os seus ensinamentos. ...Ou então tomando uma quantia considerável de drogas relaxantes, ou um elevado consumo de alcóol. Isso também ajuda.

Um grande Uer haja!


E depois contem como foi.

domingo, maio 15, 2005

A, E, I, O...errr...45%?

Primeiro que tudo, acho conveniente contar a história ao leitor para compreenderem o conteúdo do post. Bem, tudo começou há uns meses atrás; lá estava eu numa esplanada, como sempre, a dissolver a cafeína na nicotina quando, tal D. Sebastião a surgir das névoas, acompanhado por um triunfal relâmpago, que instilou energia por toda área, emanando um misto de poder e serenidade, surgiu uma figura masculina a perguntar, na sua gutural e potente voz "viste o Tomás por aí?" intimidado por tal frase, proveniente de um habitante do Olimpo, apenas consegui murmurar "não". E tal como apareceu, desvanesceu do meu olhar. Minutos depois apareceu-me um anjo a dizer "isto é quase a minha hora de almoço, vamos a despachar; tens um pedido a fazer, cuja magnitude terá impacto tanto no polo positivo como negativo." Acostumado a tais acontecimentos, disse "pá, curtia saber escrever bem, tipo, não dar erros e tal". O anjo respondeu "na boa. Vou bazá-la, fica bem". E assim foi. Desde então, possuo uma escrita deveras minuciosa e perfeita, domino o português escrito e falado e consigo apagar cigarros na língua. Mas, tal como o anjo avisou, há sempre o reverso da medalha. Não consigo escrever "perguiçoso" correctamente. Estou amaldiçoado para todo o sempre, a minha alma penada vagueará de plano em plano em busca da maneira correcta de escrever "perguiçoso". Até recentemente, tudo corria bem, até dois demónios, adoradores de Satã e habitantes das mais profundas Trevas, descobriram a minha fraqueza. Ambos eram Professores de Língua Portuguesa na vida anterior, e foram condenados à eterna podridão por gostarem de A Perfect Circle. Facilmente me desmascararam em público, aqui mesmo no blog. Esses demónios gramaticais agora perseguem-me, ouço-os a sussurrar "não consegues escrever perguiçoso correctamente".
Ora, isto iniciou uma luta contra o Mal, a infecta maldade de ambos os seres. Já os vi, decompostos, monossilábicos, a caminharem lentamente em minha direcção e a usarem as suas capacidades gramaticais para me atacarem. Estes dois seres mal-cheirosos, nefastos, fãs de APC têm que ser parados, antes que mais inocentes sofram a sua ira e tenham que ver os seus erros escarrapachados no blog. Agora, com a fé em nosso senhor jesus cristo, grande amigo meu com uma esquisita escolha sexual (burros e ovelhas, vá-se lá saber) e com o rendimento que a Maria tem no parque a dizer que é virgem, vou reunir forças para batalhar os demónios. Sei que vou vencer, e quando me deparar com os corpos moribundos no chão, vou vociferar bem alto, citando o mesmo que disse o meu amigo cristo quando dois leprosos bissexuais o convidaram para uma sessão de açoites e palmadas: "Vão-se foder"

quinta-feira, maio 12, 2005

GRUNF

Fiz um post... era mau, mas era meu... era sobre o Rato Cantante e a queima de fitas... mas veio o Explorer, tinha fome e comeu-o... perdeu-se na imensidão do estômago desta besta, o lugar a que chamam Internet e a Humanidade com isso perde (na verdade até deve ficar melhor, mas isso é discutível).

Não tenho pachorra de o refazer... não seria o mesmo, e o momento passou...
Não tenho pachorra de fazer outro... vocês não merecem o esforço...

Comam caracóis até os tímpanos vos rebentarem com os gritos de milhões das pobres criaturas devoradas, a ver se me importo... eu vou jogar Strip-Xadrêz comigo mesmo até vir um Ovni e me levar para um melhor plano de existência...

terça-feira, maio 10, 2005

Divagações no blog seguidas por um alto e sonoro "Por Amor de Adeus"

- eu quero um bife daquela vaca, se faz favor.
- mas... não é uma vaca. É a minha mãe!
- mas quero à mesma.
- NÃO! MÃEZINHA!

Bem, com a chegada da época de frequências, o meu cérebro recusa-se a acompanhar. Sim, tenho consciência que tenho que estudar, mas o meu cérebro não me deixa. Eu não sou perguiçoso, o meu cérebro é que é. No outro dia perguntei-lhe "siga jogar ao peixinho" e o gajo responde "eish, népia, estou tão bem aqui no sofá".
Eu não me considero perguiçoso, culpo antes as partes do meu corpo que o são. Principalmente o cérebro. Já tentei convencê-lo "ah, já fazias exercício e produzias coisas inteligentes". Ao que surgiu na minha mente a frase "as pessoas estúpidas cansam-se menos". Infelizmente, fez todo o sentido. As pessoas inteligentes têm que se esforçar para manter a imagem de inteligentes, um estúpido basta ser um humano básico. Depois há os espertos que são aqueles que sabem escolher melancias maduras e os cromos, normalmente encontrados no Técnico (durante o dia). Há ainda os parvos, secos e de mau gosto, os atrasados, encontrados em carrinhas especiais e claro, os meus favoritos; os intelectuais, pequenos seres peludos que cheiram mal, não comem animais ( ou seja, contra o canibalismo) e membros do BE ou da JCP.
Sim, o meu cérebro é tendencioso. Ele tem planos para assassinar toda a gente e transmite-os através de mim. Só que é demasiado perguiçoso para sequer tentar que eu não seja perguiçoso ao ponto de não o ser tanto quanto ele é, mas isso faria com que a minha perguiça deixasse de existir no momento em que ele deixasse de ser perguiçoso, mas ele é muito perguiçoso, logo duvido que ele chegue ao ponto de o deixar de ser, para consequentemente eu também não o ser e, claro, conquistar o planeta. Isto foi uma manifestação do meu cérebro a demonstrar o seu descontentamento com as minhas palavras... mas já está tudo bem, tanto que já me deixa escrever palavras de 8 sílabas (indivisibilidade).

domingo, abril 17, 2005

No dia seguinte...

Esta noite tive um sonho.
Era um dia soalheiro. Passeava num jardim que adiante se transformava numa floresta. Curioso, fui à floresta. Estava tão bem arranjada como o jardim, exceptuando pelas folhas que cobriam o chão. No centro da floresta, estava plantada uma árvore. Parecia ser tão velha que juraria que poderia ter sido a primeira árvore a fazer parte dessa mesma floresta. Era dobrada e retorcida. Tinha troncos grossos e finos que se retorciam à sua volta. Parecia uma velha corda. Ao contrário das outras árvores, que estavam todas perfeitamente erguidas em direcção aos céus, esta velha árvore dobrava e criava uma grande sombra, como um velho corcunda sentado num banco de jardim, silenciosamente descansando as suas pernas desgastadas pela idade. A sua folhagem, contudo, permanecia rica e verdejante, parecendo querer ocultar a sua idade, que devia ter montes de histórias para contar. Até os troncos que se sobrepunham e se enliavam uns nos outros pareciam formar uma face no tronco principal, parecia viva, no sentido humano e antropomórfico, como se respirasse e transpirasse pelas rachas na sua madeira clara. De repente, veio-me à cabeça. "Esta árvore é uma ______ ______!" Honestamente, no sonho sabia o nome dela, eram dois nomes em inglês - não era "Weeping Willow" porque a folhagem não pendia - aquando escrevo estas frases, não me consigo recordar do seu nome. Seguidamente, veio-me outro pormenor à mente. "Esta ávore só cresce na Austrália!" exclamei, e continuei "Por isso é aí que devo estar neste meu sonho!". Ainda me pergunto como é que eu sabia isto tudo. Nunca vi na televisão programas sobre árvores, a não ser o famoso sketch sobre as várias formas de pronunciar "Larch" no Flying Circus dos Monty Python, nem nunca li livros sobre árvores. Estranhamente, sinto uma vontade terrivel de ler mais sobre elas... E se tal árvore existe mesmo, ou não...

Isto dá uma reviravolta no meu mundo. Pensava que "nature calls" era uma expressão britânica para dizer que precisavamos de ir ao WC, fazer algo "natural". Isto adiciona novos conceitos no meu dicionário enciclopédico de experiência de vida, vivida embora dormida. Estou mais habituado a ter sonhos ridículos em que eu saberia que a árvore era australiana porque começava a falar comigo e eu reparava no seu sotaque, dizendo que se chamava Bruce, e de repente começavam a tocar os Suicidal Tendencies acompanhados por Richard Clayderman no piano e Kenny G no saxofone que fazia headbanging (aquela gadelha há-de servir para alguma coisa, e não é para engatar mulheres - Kenny, amigo, esses caracóizinhos apaneleirados não te ajudam com elas, abafares aí o teu instrumentozito é que ajuda, "lose the curly shit", a não ser que estejas a pensar em juntar-te aos Cannibal Corpse, aí tens o meu aval, eles precisam dum gajo que saiba tocar nos seus instrumentos de sopro). Depois eu partia o microfone na minha cabeça (ou vice-versa), embebedavamo-nos e tinhamos sexo com ninfas, musas e virgens vestais. Isto é um sonho normal para mim.

É engraçado pensar que nós aprendemos relembrando. E que o sonho que tive foi uma memória distante de uma vida distante. Ou então tenho de deixar de beber café com chá de camomila antes de deitar todas as noites (não sei porquê, demoro sempre umas duas horas para dormir ou mais, coisa estranha não? será do chá?). Mas facto é que este fenómeno que supostamente não se passa num mundo real afecta o dito mundo real através de nós e na nossa forma de pensar e de agir. Foi algo que eu sei que não vivi mas que sinto que vivi. Sinto-o na pele, embora não tenha estado lá. Talvez a minha alma tenha deixado o corpo na Terra e tenha ido dar uma volta a um plano incorpóreo. Talvez seja isso que são os sonhos. Viagens por outros mundos.

Bem, divago bué.

Todos os sonhos têm um significado, diz-se. Não me apetece descobri-lo, sinceramente (ou talvez queira, mas sou demasiado preguiçoso para me dar ao trabalho). Apeteceu-me apenas partilhá-lo. E fico por aqui. Because nature is calling me. And me is feeling better after writing this. Feel free to share your thoughts about this. I'll see you in your dreams! UERUERUER!!!

sexta-feira, abril 15, 2005

É por isso que os poetas não são comediantes...

Tenho uma pergunta: "O que é uma piada poética?" Sinceramente imagino isso como uma piada tipo "knock-knock", mas mais tipo "ring-ring". (tão a ver a noção, né?)
Por exemplo: um poeta liga a outro poeta. "Olha amigo poeta, diz me aí palavras que rimem com «ha»." ao que o outro poeta responde "«ha ha ha ha ha ha»". Uma piada poética.

Não tinha nada melhor pa fazer.
"Já vi posts piores..." :º

terça-feira, abril 12, 2005

Bifinhos de Hamster com Cogumelos

Hoje, para fugir ao meu habitual conteúdo dos posts, vou começar por colocar questões que julgo pertinentes, algo que me fascina e me deixa num estado pensativo; Porque é que há máquinas de tirar fotografias no metro? Quem é que se lembrou daquilo? "ah, vou apanhar o metro, pelo sim pelo não, é melhor tirar umas fotografias para o que der e vier". E as pilhas ao pé do balcão do super-mercado? "bem, fraldas, laxante, escova de dentes...uhn...ah claro, pilhas! Ainda bem que elas estão mesmo aqui ao pé do balcão, era muito chato eu chegar a casa e não ter pilha no comando da televisão. Obrigado Pingo Doce, salvaste-me a vida". E última questão; porque é que todas as velhas têm um animal de estimação? a vida sexual delas é assim tão monótona? "filha, queres fazer aquela tal posição com o pepino e o arroz de atum?" "ah não querido, vamos antes comprar um gato estúpido que fica o dia inteiro à janela a olhar para as pessoas".
E agora a segunda parte do meu post. Uma dúvida que me assombra; o que é que acontece se eu espirrar e não fechar os olhos? O meu subconsciente avisa-me "fecha os olhos". Será que quando se espirra é momentaneamente aberta uma passagem para uma dimensão paralela onde as sanitas têm papel activo no governo? Eu sei o que se passa. Quando nascemos, é-nos implantado um chip que nos impede de espirrar de olhos abertos, de modo a ninguém ter acesso a essa realidade alternativa. Os esquimós são os habitantes dessa realidade, daí viverem isolados, porque uma organização secreta movida por um trato entre todas as nações do mundo assim o decidiu, achando melhor o homem comum não ter acesso à informação que eles têm. O que nós chamamos anões, são esquimós que conseguem fugir e intrometer-se na nossa sociedade com a desculpa de serem fisicamente diferentes.
Para finalizar, quero deixar aqui a mensagem de agradecimento à Scotex pela folha dupla.

terça-feira, abril 05, 2005

Mulata Peludinha procura Travesti na Casa dos 30 para Acasalar

Vendo bem, não tenho nada a escrever, só achei piada ao título.... e acho piada a tractores cor-de-rosa com luzes de neon laterais e volante forrado a pelúcia

Quem é vivo sempre aparece.

Pois bem caro leitor, para começar gostaria de me desculpar pela ausência de posts da qual tenho padecido no passado recente... (sim, como se os leitores realmente dessem alguma espécie de importância ao facto de eu os poupar às verborreias que aqui despejo...erm....quais leitores...)

Bem siga ao que interessa.
Como todos devem saber, o papa João Paulo II vulgo espargo cozido com chapéu ridículo em forma de bacalhau da Noruega, morreu... É verdade, morreu... Seja ele um verdadeiro saco de carne em cima duma máquina de lavar ou não, merece algum reconhecimento pois não é qualquer um que influencía a história dum século como ele o fez.

Por isso pergunto eu: Quem é que foi o anormal que vestiu o papa agora nestes dias do velório??
Quer dizer, alguém reparou nos sapatos que o homem trazia? É uma autêntica ofensa meus amigos!
Tiveram que deixar o homem morrer para lhe darem um ar abixanado... Também ele se terá candidatado à alteração de visual patrocinada pelo Castelo Branco??

Enfim, a ver se não teremos um novo papa com o nome de Maria Albertina I ou coisa que o valha.
Tenho dito...

quarta-feira, março 23, 2005

Matt Damon

Eu vou explicar melhor a parte séria do meu post anterior, já que a televisão é uma merda e não tenho nada de jeito para ler.
Começar do início (sempre bom para começar): aquando a adolescência, o ser humano sofre uma série de alterações físicas e psicológicas que o encaminham para a maturidade. Voz grossa, pêlos em locais diversos, pequenas concentrações de sebo faciais, etc. E é nesta altura que se começa a ter uma maior consciência do social, do que nos rodeia, ao invés do simples mundo familiar (vá lá, vocês percebem, não compliquem). Surge a necessidade de amigos. Amigos não isolados, ninguém tem 1 amigo no secundário, não se vai tomar café ou sair sistematicamente com 1 amigo. Mas com amigos. Esses amigos formam um grupo. Ora, se querem fazer parte do grupo, têm que se integrar. Se se querem integrar, têm que praticar aquilo que eu chamo "comprar o pacote".
O "comprar o pacote" consiste em admitir as propriedades comuns mais vincadas do grupo, mantendo alguns especificidades pessoais, em nome de um grupo sólido.
Há vários factores importantes e basilares que podem construir um grupo: música, política, drogas, etc. É o comprar o pacote que define essas propriedades.
O "gótico" que eu falei é o tradicional gajo que se veste de preto; ouve Moonspell, é deprimido, porque todos os amigos o são e tem a mania que é artista, principalmente poeta. Ora, eu nunca achei piada a poesia, muito menos à que eles fazem, que fica óptimo a coincidir com uma foto a preto e branco deles ou de Sintra no DeviantArt. Este pacote é um dos que, hoje em dia, acho mais ridículos. [pequeno copy/paste: Favourite genre of music: Melancholic Heavy Metal, Death Metal Melodico, Goth Metal, Industrial....omg]
Há também, por exemplo, os betos. Não os acho TÃO irritantes, mas são um pouco; eu não queria entrar em muitos pormenores, por isso... cabelo. Tipo, cabelo. Acho ligeiramente feio, o pior é que são cada vez mais com aquelas trunfas sebosas e oleosas a taparem a acne na testa com as suas sweats compradas numa surf shop com o seu photoblog com os ténis à skater porque eles não querem ser betos querem ser radicais, andar de skate fumar brocas beber cerveja. Blargh!
O problema disto? É que eu tenho moral para falar, eu já passei por isso, já tive que me moldar e adaptar a grupos, e terei sempre que o fazer para viver em comunhão com a sociedade. Mas no meu tempo não era assim (sou bué velho). Não havia escolas inteiras, alunos em massa a vestirem-se de igual. Oh claro, haviam uns quantos grupos diferentes, mas nada que se assemelhe a isto, a esta epidemia, este vírus! É UMA DAS GAITAS DO APOCALIPSE!
E porquê o meu desagrado? Porque existem. Porque entram no meu campo de visão e respiram o meu oxigénio. e diz o Oneiros "eles se calhar também não gostam de ti". Ok, whatever, eles que se quiserem que se manifestem, não precisas de defender os fracos oprimidos e ridículos. Aquelas franjas....Argh!
Bem, resumindo, é importante ter a noção que estes seres humanos andam aí, vazios de personalidade, com os seus pacotes atrás.e Diz o Oneiros "Tu também andas com o pacote atrás". Ao que eu respondo com um gordíssimo, majestoso e rebuscado UER.
Não ouçam só um género de música, não vão sair só para um género de sítio, não leiam as mesmas coisas, não vejam os mesmos filmes. Tenham as vossas preferências, mas não pelo grupo, pelo vosso gosto. Eu ouço Justin Timberlake, acho que o álbum tem uma construção muito boa a nível electrónico e uns grooves muito engraçados. A voz dele é entediante. Ouço porque gosto, não porque todo o meu grupo ouve. Sim, hoje escrevo história; Políticos deste país! Abram as portas para a cultura e encerrem as fronteiras para os imigrantes!

sábado, março 19, 2005

a regalia de ter um comando para o lavatório

Escreve-se muito em Portugal, tenta-se criar algo bom e criativo, mas só sai porcaria (ver DeviantArt). Pseudo-escritores surgem aos enxames, a incinerarem a língua portuguesa com os seus nacos de bosta, recorrendo à poesia para manifestarem sentimentos fatalistas que lhes fica bem ter. Isso irrita-me, mas seduz. Por isso, hoje vou presentear o leitor com a minha poesia. Chamo a este soneto "Fui à Sumália comprar pão-de-ló caseiro"

Tenho papel higiénico às cores
Para limpar o meu dejecto
Mas às vezes fico com tremores
E algumas dores no recto

Comprei folha macia
Para atenuar o sofrimento
Resultou em alguma azia
E um estranho corrimento

Triste sina ao limpar
O medo de magoar
O meu sensível bujon

Vou-me habituar
à ideia secular
de "à caçador é que é bom"

E pronto, agora em honra aos gós por esse país que sentem uma enorme dor de viver e que já mandavam um tiro nos cornos em vez de infestarem o espaço cibernáutico com a sua poesia, aqui vai o poema "sou gó, ouço Deity of Carnification e vou cortar os pulsos com um corta-unhas"

Ninguém gosta de mim porque sou diferente
Tenho uma vida de tédio e chata
Mas não me apercebo do meu cérebro dormente
E da minha existência comparável a uma barata

Estou farto da vida e quero tomar comprimidos
Porque os gós são todos iguais
Somos todos uns deprimidos
A tristeza dos nossos pais

Tenho um site na Deviant Art
Porque sou bué intelectual
Tenho fotos a preto e branco
E não tenho retenção anal

E fico-me por aqui, deixando claro que a poesia que escrevo É poesia, independentemente da falta de qualidade, mas se formos a ler certas escrituras que andam aí na net, isto é arte, da mais bela que existe.
Ah sim, não só os pseudo-gós me irritam, também não acho piada a esquimós e tenho medo de sofás azuis.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Here I am, Once again, On the bottomless pit, Rock bottom I have hit...

E eis que mais uma vez me vejo forçado a escrever um post "sério". E por "sério" quero dizer que vou deambular sem coerência ou rumo pelos meandros da minha psiquê, ao invés dos mais tradicionais posts "não-sérios" que apesar de úteis e com a sua seriedade própria, não são aquilo que este vai ser... eu disse que ia pegar na coerência e atirá-la pela janela...

Buckle up...

Como aquele raro leitor frequente aqui d' O Dia Seguinte já terá percebido, não sou uma pessoa de fé. Faço dos deuses a minha (pseudo) humorística marca registada, com eles gozo, deles debato os meandros dos sistemas a que pertencem enquanto desmonto as possibilidades das suas existências "reais" independentes dos autos de fé. Por outras palavras, não acredito em deuses ou Deus, Alá, Buda (enquanto divindade Zen), Shiva ou o que lhes quiserem chamar. Posso ter uma paixão obecessiva com mitologias e teologias, mas não acredito na possibilidade física e meta-física da sua existência, como (por exemplo) o teclado em que agora teclo este texto, existe.
Mas minto. Sou uma pessoa de fé. Simplesmente não a coloco em símbolos iconográficos mais ou menos atrópomorfizados, cuja real função é imposição da figura paterna (ou materna) para manter um código de morais arbitrárias.
"Então e essa coisa que usas, e que é um símbolo religioso Oneiros?" diria o leitor que me conheça pessoalmente. Simples, uso-a por uma questão estética, identitária (depois de 3 anos e meio a usá-la começa a fazer parte de mim) e porque gosto das evocações simbólicas que ela me trás. Não que acredite na existência (ou não) de qualquer "poder" ou "entidade" ou whatever ligada à imagem. Mas como todo e qualquer bom símbolo, é portador de duas faces. A imagem tridimensional que compõe a sua essência real, ou seja, a coisa per se. E por outro lado, a mensagem transmitida e evocada pela sua mera presença, história e ligações processuais histórico-lógicas, ou seja, o que a imagem evoca. Símbolo, signo, significante e significado. Caso não tenha percebido o palavreado caro que estou a arremessar sem uma real preocupação de coerência (como já tinha dito) ou sequer sentido gramatical, estas quatro palavras e um bom dicionário devem ajudá-lo (se possuir dois dedos de testa) a perceber o que quero dizer.

Tudo isto para dizer que não acredito no que os católicos chamam Deus (ou Jeová), os Islâmicos chamam Alá e os antigos Egípcios chamavam a Casa de Heliópolis.

Apesar disso, às vezes penso que se de facto eles tivessem razão, então o Criador decidiu fazer uma piada cósmica a que chamou Oneiros...

Desengane-se já. Não vou fazer o "post do choro" em que exponho dramáticamente uma série de futilidades ocorridas recentemente que me levaram à beira do suícidio numa tentativa de chamar a atenção e/ou provocar comoções e/ou engatar alguma pita mais sensível que por desiquilíbrios hormonais ache que também ela é uma vítima do mundo cruel que nos rodeia.

Sim, o mundo é cruel. Sim, estou deprimido. Sim, estou assim por uma série de futilidades. Sim, estou a fazer um post. Não, não vou contar o que se passa (pelo menos não aqui), nem criar empatias com a EsKiZoFrÉnIcA16 que também é uma vítima cruel do sistema.

Apenas estou de novo com insónias, apeteceu-me vir fazer um post e não queria fazer um copy-paste-edit do meu último. Então decidi pegar num monte de palavras caras e atirá-las à vossa cara. Quem conseguir decifrar metade do que quis dizer na primeira parte do post, ganha um prémio.

Vou fumar um cigarro, escrever uma carta (e sim, na carta contarei o que se passa), e trepar paredes até desmaiar de exaustão como ontem...

Oni, signing off

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Quando ela foi buscar um raminho de salsa e voltou travesti

O que vou escrever neste post? Posso falar da tristeza das eleições, da supremacia da esquerda, mas não me apetece. Posso ainda referir a morte da irmã Lúcia, mas não quero ser pretencioso com piadas quanto às revistas que encontraram debaixo da cama dela da colecção "Africano e Monstruoso". E falar do retorno à faculdade não me parece indicado ou interessante. Posso falar da poesia em Portugal, a decadência completa de uma arte já por si má, como por exemplo "estou sozinho neste mundo, só me apetece cair num poço sem fundo" (consultar escritores da DeviantArt). Poderia falar de Elektra, esse filme cuja existência é tão agradável como aquele pedaço de bosta que se pisa e só quando já deixámos rasto pela casa é que damos por ele. É todo um mundo de assuntos que posso falar, mas escolhi o mais imperativo: a influência da colheita da azeitona e as suas consequências na produção de papel higiénico; tudo começou há 1 ano, quando Pancho, trabalhador da Scotex durante o dia e à noite transforma-se num copo de amendoa amarga, chega a casa e repara que não há azeitonas no frigorífico. Ele procura desenfreadamente nas mercearias, mercados... nada. Não há azeitonas. Pancho decide pôr um fim à sua vida, ficando a olhar fixamente para um ponto durante 8 horas até morrer de tédio.
Do outro lado, Gina, trabalhadora rural nos campos de azeitona do...errr... Azeiquistão (desculpem, não me ocorreu nada), decide interromper o curso natural da sua colheita e vai à casa de banho mudar o penso. Entretanto, esquece-se de lavar as mãos e, as azeitonas que colhe, estão agora infectadas com sífilis e pedaços de musgo proveniente das suas mãos sujas. Os camiões são carregados de azeitonas para fazerem a distribuição mas, o condutor de um deles, de etnia cigana, esconde um barril radioactivo que tinha roubado para... (que raio estou para aqui a vomitar?) para criar uma raça de Ultra-Ciganos que iriam dominar o comércio de rua a nível global. Ora, o conteúdo do barril mistura-se com as azeitonas infectadas com a crica suja da Gina e as pequenas bolinhas pretas ganham vida, sob forma de uma azeitona canibal que come todas as outras. Por isso é que Pancho se suicidou, apenas por uma porca esquecer-se de lavar as mãos.
Pretendo concluir com a moral da história: Os cães ladram e as galinhas enchem o papo, enquanto quem tudo quer semeia ventos e água mole em pedra dura.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Sim! Odeio Insónias!...

Ora, bem... como de costume, mesmo quando eu começava a julgar que me tinham passado as insónias, eis senão quando eles decidem regressar...

Sim, são 2h49m da matina... Não, não devo dormir antes das 6h00m ou 7h00m, isto claro está se chegar a dormir... Sim, estou aborrecido... Não, não tenho nada para fazer...

Ou por outra ter, até tenho, mas nada que queira ou deva fazer com o temperamento, disposição e estado intelectual do momento... por isso decidi vim mandar aqui umas postas de pescada que isto tem andado muito parado...

Está parado, evidentemente porque tanto eu como os meus companheiros bloguisticos temos estado ocupados com as nossas respectivas vidas pessoais... ou então não!

Os outros não sei de nada, mas pela minha parte, tenho andado entre exames, trabalhos e o trabalho (e sim, são diferentes mas não me apetece explicar-vos nem me sinto compelido a dar-vos satisfações), sendo que na última semana é que estive extremamente desocupado, mas também preguiçoso demais para vir aqui perlar-vos com a minha sabedoria, e graça divina (ou então não). Ou então pura e simplesmente estava (e estou, confesso) sem ideias para blogs dignos do nível qualitativo e intelectual (e humorístico) a que já vos habituei meus fieís súbdi... leitores!!

Sim, este blog está a ser um verdadeira e autêntica merda... eu disse que não tinha ideías...

Ocorreu-me agora que poderia falar dos filmes recentes que tenho andado a ver... mas não... a Elektra é demasiado mau (senão mesmo o pior filme que já vi), o Blade Trinity não lhe fica muito atrás e o Closer (visto ainda hoje) é uma real seca (tirando as cenas no clube de strip com a Natalie Portman em fio dental e a despir-se por tudo e por nada (pena que os ângulos de câmera que o paneleiro do realizador escolheu não deixem ver nada a não ser um belo rabinho) enquanto o Clive Owen lhe grita obscenidades), e assim de repente nem me lembro de quais foram os outros filmes que fui ver recentemente... de tão bons que eram... tenho de começar a ir ver mais cinema português se calhar (neste momento estou a acordar os meus velhos e os vizinhos com as gargalhadas)... ou então devia deixar de ir ver todo e qualquer filme que apareça nas salas... no mínimo devia ser esperto e tirar o passe de cinema e deixar de gastar balúrdios em cinema, passando a gastar 13€ por mês...

Acho que me vou é calar e desligar esta porra que este sim, é sem dúvida alguma, o PIOR blog da história do universo dos blogs...

Odeio insónias...

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Shed My Skin Again, This Will Be My Best Revenge

Se um homossexual semi-nu vegetariano como o Dalai Lama promove ao povo as suas ideias de como se viver bem de acordo com o que um homossexual semi-nu vegetariano pensa que é o melhor, também eu o posso fazer, não que seja homossexual ou vegetariano, mas já que estou semi-nu, vou enunciar umas regrazitas de ouro de como se viver bem
1 - use uma arma. O próximo não te vai amar, no mínimo vai-lhe roubar a carteira ou sodomizá-lo nas traseiras de uma pastelaria.
2 - use uma arma. Really.
3 - aprenda a ignorar certas presenças, mesmo que alguém diga "o Fábio quer comer o Xavier e tu és a seguir na lista dele". Pense que mesmo que o Fábio o apanhe, os pássaros continuarão a esvoaçar graciosamente nos céus. Para ajuda com o Fábio ver número 1 e 2.
4 - o Fábio não é meigo; conheço um gajo que foi apanhado por ele e ficou de cadeira de rodas. Hoje em dia, cada vez que vai mijar tem que se descalçar e cantar a Desfolhada.
5 - Faça amigos nos mais diversos grupos. Assim, além de alargar o seu conhecimento sobre a vivência humana, sempre tem uma série de mânfios pa chamar quando alguém o ameaçar de porrada.
6 - Esses amigos não chegam para o Fábio. Nem uma arma.
7 - lide com o seu vómito como lida consigo. O vómito é uma extensão da alma, da nossa existência etérea que ultrapassa qualquer plano ou mundo. Acariciar o vómito é acariciar a sua alma, encontrar o seu "eu" e viver em paz. Não o faça em público.
8 - Numa visita a uma prisão nunca puxar as calças para baixo em frente a um recluso e gritar "Este frango ninguém trincha!". Não esqueçamos que não há pena de morte em Portugal e que mais tarde ele pode vir atrás de nós.
9 - Não gaste o dinheiro em coisas essenciais; gaste antes em futilidades. Fica-se mais contente quando se compra um DvD do que quando se paga a renda.
10 - Quando o Fábio chegar, feche os olhos e imagine-se num belo dia de Primavera com uma aragem fresca, a saltar pelos campos e a colher florzinhas, enquanto um urso castanho o empala com o seu bastão.

terça-feira, janeiro 11, 2005

De Mortalidade, Efemeridade, Fragilidade e outras parvoíce acabadas em "ade" como Pirolito e Carro Eléctrico...

(tenho de pagar direitos de autor a um certo amigo meu por aquele título... ou melhor ao avô do meu certo amigo... adiante)

Por motivos de força maior, a vossa divindade preferida, e eterno bloguísta de má-qualidade Oneiros (para os mesmo muito estúpidos, sim estou a falar de mim mesmo), foi forçado a ausentar-se todo este tempo da vossa presença. Espero que na minha ausência (não muito prolongada apesar de tudo, desta vez) tenham encontrado outras drogas contra o tédio e mau humor, e que não estejam em ressaca de Oneirisse (sou mesmo um génio, até já invento doenças com o meu nome e tudo). Bom! Primeiro, e óbviamente (e não que me esteja a justificar, estou apenas a debitar letras apra aumentar o tamanho do post, afinal tenho de manter a reputação de não conseguir fazer posts com menos de 5 écrans (em definição de 1024x768 píxeis)), veio a ronda dos anos e do Natal que me assola todos os Dezembros, após a qual o tradicional Ano Novo (e que passagem por todos os deuses, só a mim...), após o qual se iniciou a época de frequências em que nos encontramos, e voltei instantâneamente a ter tempo para blog ínuteis (ou então não). Por fim, este fim de semana adoeci com uma virose gripal que me deu 39º5C de febre entre outras coisas, pela qual tive de faltar a uma frequência que fui hoje fazer em fase de recuperação (minha e da frequência) e com dois trabalhos e outra frequência mesmo aí no horizonte... mas hoje, tendo tido um dos meus ínumeros rasgos de génio e algumas horas nocturnas livres vim postar e aqui estou... e agora para o post, propriamente dito (sou mesmo bom, não sou? Ainda nem comecei a falar do que quero e já devo ir no écran e meio):

Como referi, adoeci... gripe... o típico para o comum dos mortais que residem nesta esfera, a esta latitude, longitude e altitude (já agora as respectivas de Lisboa são aproximadamente 38°42' Norte, 9°11' Oeste e 60m se não sabiam), para esta altura do ano... mas repara o regular e atento leitor (se é que temos/tenho algum): "Mas então, oh Oneiros, tu não eras um Deus Imortal?"

Primeiro, minha besta, se és assim tão atento e regular (e leitor já agora), então aprende que não é um Deus, é O Deus.
Depois, e respondendo à tua pergunta, sim sou, mas quando fazes apostas idiotas com parentes divinos sobre passar uma existência mortal, como um (mortal), então tens de te submeter realmente a todas as experiências mortais abdicando das tuas capacidades divinas, como saúde, omnipotência, omnipresença, etc, etc... na verdade nem podes escolher exatamente que mortal vais ser... para aqueles de vocês que jogam ou conhecem Role-Play, digamos que temos de criar um "mortal" como se criam personagens... apostei na memória e arrogância com esta carcaça frágil, há que sofrer as consequências noutro lado, como saúde ou beleza. Que raios, quando nos dizem "e se passasses uma mortalidade (é o que nós seres divinos chamamos ao espaço de tempo que leva a vocês percorrerem o vosso caminho, leia-se, a quinarem) como mortal?", eles querem mesmo dizer mortal... tenho de passar por TODAS as fases ínuteis da vossa efémera existência... pré-nascimento, nascimento, infância e por aí adiante... que raio...

É a ultima vez que me apanham a ir beber umas cornucópias de ambrósia com o Destino... geeeez...

E assim, acontece que também eu, apesar de natureza real divina, me vi a braços com um vírus (não sei o que deu na bolha da Natureza para criar essas criaturazinhas chatas... ah! Sim, claro, controlo de população, agora me lembro). E deixem-me que vos diga: os vossos corpos são uma tristeza... uma célulazinha de nada começa a multiplicar-se dentro de UMA das vossas milhões de células próprias, e ficam logo num estado lastimoso, aquecem, sentem arrepios, frio e calor ao msemo tempo... baaaaaaah... às vezes pergunto-me porque é que ainda não acabámos com a vossa miséria à larga escala... e depois lembro-me das figuras que fazem ocasionalmente, leia-se A PORRA DO TEMPO TODO, e vem-me logo um sorriso macabro ao lábios e lá acho que devem continuar a existir...

E pronto... já não me apetece falar mais de doenças...


NOTA: num assunto nada relacionado com o anterior, mas dentro do (abrangente) tópico deste blog, segundo parece a Operação Renascer (ou lá como se chamava) efectuada pela RTP para angariar fundos para o Sudoeste Asiático foi um sucesso estrondante, e outras operações semelhantes de solidariedade a nível nacional (i.e.: das outras cadeias televisivas, bancos, e afins), também não se estão a dar nada mal...
Dois pontos:

- O ainda Ministro das Finanças Bagão Félix deve estar a arrancar cabelos em agonia e desespero enquanto pensa "Meu Deus!! Um milhão e meio de Euros que estes panascas dos meus compatriotas atiram para um fundo incógnito de ajuda a uma situação largamente anunciada pela mesma entidade que está a receber o dinheiro (leva-me a pensar se a RTP e outras cadeias televisivas não terá encenado as imagens e notícias para depois fazerem esta operação e embolsarem o guito) e o Orçamento do Estado todo cheio de buracos para remendar... com esse milhão e meio de euros sempre conseguia tapar o buraco criado pelo meu iate novo, e assim só se fodiam o Santana e o Portas mais aos casinos e helicópteros deles... porquê?!?!?! Porque é que eu não me lembrei de fazer uma Operação Coração, qual Benfica de Vale e Azevedo, para sacar o dinheiro que eu gastei ao povo, e assim equilibrar as contas públicas?"

- Eu próprio começo a indagar-me se não deveria abrir uma linha dessas que me dá 60 cêntimos por cada chamada que para lá for feita... podia chamar-lhe Operação Enriquecer o Oneiros e dizer que era uma campanha de solidariedade, em que todos os lucros reverteriam a favor do MEU Sudoeste Asiático... fica ali para os lado da nádega direita, e foi recentemente atingida por um Tsunami, proveniente do Oceano Anûs... milhares de células epidérmicas foram atingidas e precisam urgentemente da sua ajuda... lembre-se toda a ajuda é pouca, e além disso o Oceano Anûs é famoso por projectar os seus Tsunamis pelo menos uma vez ao dia, pelo que deve ligar uma vez por dia (e eu assim nem precisava trabalhar para receber um income diário de algumas dezenas de milhar de euros... ai se a vida fosse assim tão simples...)